Quinta-feira, 6 de Junho de 2013
Soube recentemente que a pessoa que mencionei, por exemplo, aqui foi mãe há pouco tempo. Não tenho qualquer sentimento por ela, a paixão passou entretanto, mas não posso deixar de sentir um sabor agridoce. Tivemos uma história que se resume àquilo que a Marina Lima chamou de "Fullgás", uma junção de fugaz com a todo o gás. Tivemos uma história bonita, com direito a drama, ao suspense, ao melhor que o romance consegue produzir - com direito a paisagens e locais condizentes - e ao sofrimento e ao fatalismo tão típicos de Bollywood. Foi bom, ficou o amargo de não ter havido continuidade. Passou, mas não foi esquecido. E agora, anos depois, saber que foi mãe, foi como se tudo finalmente tivesse acabado. É como a mãe que perde o filho e só anos depois encontram o cadáver. Finalmente pode fazer o luto. Eu não tinha esperanças do que quer que fosse. Nem pensava no assunto, mas o frisson quando sabia notícias era inevitável. Como se se pudesse corrigir o passado. E eu intrigava-me porque motivo sentia aquilo, se pelo vazio que sentia por não ter encontrado uma companheira entretanto, se por alguma labareda que ficou por apagar e se manteve acesa sem dar conta disso. Voltou a casar, teve um filho. Fiz o meu luto. Talvez por isso fique o amargo na boca. Afinal, bem dizia António Variações: "tudo o que acaba me deprime, mais pelo fim que pelo acto em si".
De Fátima Soares a 6 de Junho de 2013 às 23:23
Eu poderia comentar, mas tudo o que dissesse iria parecer um testamento e talvez já fosse tudo dito. Mas compreendo que fica o travo amargo e um SE... Enorme. Porque quando as coisas não se levam adiante fica sempre o E se eu tivesse arriscado, ou o Foi melhor não arriscar porque se ele não "conjugasse" comigo realmente ou no frente-a-frente não nos déssemos " o que seria depois de ambos, mas mais de mim... Eu estou a falar como mulher porque ainda hoje e com toda a liberdade entre sexos há muita mulher que não vale nada e muito homem que ainda vale menos! Crê-me que há coisas que ouvimos ditas pelos homens que amamos que nos magoam profundamente, não merecemos de todo e ainda por cima qando se está a ser verdadeiro e se quer ao outro acima de tudo. É complicado no fundo e é mau porque também a amaste e porque ela não quis, pôde, ou soube agarrar o que tinha em mãos. Provavelmente como disse alguém, viro-me para a hipótese, que não gostaria tanto de ti como tu. Uma mulher quando gosta pode hesitar, muito! Bater com a cabeça nas paredes para não ceder, mas quando o amor é... è aquele querer que nos arrasa não dá! Chega uma altura que se corre para os braços da pessoa e seja o que Deus ou o Diabo quiserem. Enfim, não te conheço é a ^1ª vez que comento. Não sei ou poderás dizer que não sei o que se passa e até te estou a tratar por tu, mas só quis ajudar-te. Na vida há alturas em que nos acontecem coisas escusadas e que nos marcam para a vida inteira. Temo vaticinar que essa mulher morrerá contigo. Até ao último dia te lembrarás de ela e tudo porque não "deu". Acredito que se, se tivessem encontrado, estado, vivido e se não desse, ou resultasse e mais tarde acabasse lidarias melhor com isso e esquecerias. assim será sempre uma ferida latente, um amargo de boca, um orgulho ferido. Mas com o tempo desvanece-se, mas nunca passa. Desculpa comentar se achares por bem e não concordares ou quiseres o comentário compreendo e podes apagá-lo. Mais uma vez desculpa a minha opinião. Só pretendi que pensasses que mais alguém entende e estará aqui se precisares ainda que seja "desconhecida" e apareça aqui caída de pára-quedas. E pronto aqui está o testamento na mesma! Bfsemana e força.
Olá, Verniz Negro.
Sempre achei exactamente o mesmo. As coisas não funcionaram, mas talvez o amor não fosse sentido da mesma maneira e quando assim é as possibilidades de uma relação dar certo são ínfimas.
Passou, senti que já acabou, mas, é como dizes, ela vai estar sempre cá até ao fim dos meus dias.
Volta mais vezes, até porque gosto da cor negra e do cheiro do verniz.
Bom fim-de-semana
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