Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2008

148

Eu queixo-me de tudo e reclamo de barriga cheia. Eu sou mesquinho, ridículo, complicado e absurdo. Eu só tenho defeitos e não compreendo nada. Eu sou mau e cruel. Eu não dou valor a nada. Pergunto: será alguém capaz de amar um monstro destes? Realmente, I'm "such a pain in the ass"!

O que concluo? Não fosse o sexo entre mim e a B. ser bom e já tudo tinha acabado antes, porque o que escrevi em cima é a opinião dela sobre mim. Ah! Convém não esquecer que eu uso bem as duas cabeças. Sim, esse grande elogio. Se a B. me amasse mesmo, alguma vez me deixava pendurado?! Se a B. me amasse mesmo, alguma vez me dizia o que escrevi no parágrafo de cima? Se a B. me amasse mesmo, alguma vez me virava as costas?
publicado por diariodeumfrustrado às 00:13
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Quarta-feira, 20 de Fevereiro de 2008

147

Acho que estou aqui estou a ir de patins pela B.. Em conversa no passado fim-de-semana, disse-me que eu tinha duas coisas boas: utilizo "bem as duas cabeças". Foi precisamente assim. Até fiquei bastante contente com o que ouvi. No entanto, o pior vem depois, quando começo a ouvir as queixas: a B. ofende-se com qualquer coisa que diga, que lhe aponte, ou que lhe pergunte, diz que o que eu digo é mesquinho e que as minhas perguntas são ridículas. Diz que não me queria ter como amigo, e que sou "such a pain in the ass". Diz ainda que de todas as pessoas que já conheceu até hoje, sou das pessoas que se venderia pelo preço mais baixo.
Parece-me que a vejo com menos paciência para mim, e que começa a achar que sou doente ou psicótico. Depois daquele episódio dos e-mails, do hi5, etc, de morar longe de mim como mora, de ter alguns episódios "estranhos e difíceis de entender", e de apenas poder "estar cá para me apoiar" através do telefone e do MSN, porque tem que dar apoio à filha ou porque "está cansada", atira-me à cara que estou sempre com conversas absurdas e ridículas, e que lhe atiro coisas à cara. Será muito pedir uma relação normal? Querer contacto? Precisar de um ombro e de um apoio de vez em quando e tê-lo verdadeiramente sem ser apenas pela internet ou pelo telefone? Será que cobro muito porque apenas vejo a B. duas horas por dia, e nem isso é todos os dias?! Será que sou mesmo "such a pain in the ass" porque ela teve um ex-marido que andava atrás dela e ela me escondia essa história toda? Será que sou mesmo "such a pain in the ass", porque preciso que a MINHA NAMORADA esteja comigo para me fazer sentir melhor e ela diga que está cansada e estoirada? Será que eu peço assim tanto?! Tenho um dia filho da puta, e a sua forma de manifestar apoio é dizer "acabou a boa vida" e ainda por cima fazê-lo pelo telefone? Conta-se mais, muito mais, o tempo que estamos ao telefone e na internet, do que ao vivo! Será que mesmo com tudo isto, eu peço muito? Eu sou mesquinho por querer conviver com ela?! Eu sou ridículo porque lhe faço perguntas sobre certas coisas da vida dela? FO**-SE!!!
Sinceramente, acho que daqui a nada vou de vela... sobretudo porque tenho fraquezas, tenho limitações! Enfrento o mundo de peito aberto, mas os cavalos também se abatem! Pelo menos balançam. Tenho fraquezas, tenho vulnerabilidades. Sou humano, ainda que tenha coragem de enfrentar tudo e todos. Tenho medo que ela comece a ver em mim "apenas um tipo chato" que a enche com coisas que me parecem fundamentais numa relação, e me mande pastar, por achar que posso não ser "aquele" tipo omnipotente que enfrenta tudo e a protege de todos os males.
publicado por diariodeumfrustrado às 20:41
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146

2.ª feira entreguei o meu carro para reparação. Disseram-me "amanhã, com sorte, está tudo resolvido". Ontem, 3.ª feira, recebi o recado "amanhã, com sorte está tudo resolvido, porque falta uma régua para sabermos o que se passa em concreto". Hoje, que chegou a régua, recebi o recado "6.ª feira, com sorte, está tudo resolvido. Aponte para 2.ª". Quer dizer, o primeiro dia é para entregar o carro, o segundo é para ver o problema a olho nu, o terceiro é para pedir material para ver se o olho nu tinha razão, no quarto chega o material, no quinto dia fazem a reparação, no sexto dia testam o carro para ver se está tudo bem e no sétimo entregam-no ao cliente. É triste, sobretudo porque vou gastar, assim por alto, 700 euros com um aparente despiste a 30km/h. Deixo aqui um conselho: jamais comprem Smart's. Dá muito jeito, é muito bom, e muito giro e económico, mas se acontece qualquer coisa, mínima que seja, o carro é demasiado sensível e começam os vossos pesadelos.
Não obstante tudo isto, ando a gastar cerca de 7 euros por dia em transportes públicos, e a perder horas na ida e na volta. Não sendo suficiente, tinha a minha irmã a ligar-me a cada 10 minutos a dizer "nunca te vais ver livre desse carro!", "e agora? Que é que vais fazer?", "não tens hipótese", "isso primeiro que se resolva...". Isto já dura desde que bati com ele, e quando lhe pedi para comprar um pneu e me levar, respondeu-me "liga para o seguro". Como se não bastasse, os transportes voltam a atrasar-se horas e horas, e fiquei cerca de 5 horas num local onde devia ter estado apenas 3, em trabalho. Tudo porque existem tipos que têm pouco mais de 10 minutos para discursar e demoram 1 hora. Não há pachorra! Saí com uma injecção de stress depois de tudo isto que me aconteceu, e ainda oiço a B. a dizer-me "acabou-se a vida mansa, não estejas assim", como se eu fosse um robot com vários botões no menu, onde tenho como opções, entre outras, as opções "stressar", "amansar", "ser dócil", "falar", "calar", etc! Não, não tenho! E irrita-me mais ainda quando tentam lidar com estas coisas todas como se estivesse assim por 10 cêntimos que a máquina das sandes acabou de engolir. Não estou! E não é tudo por causa de ter acabado a vida mansa! É que são umas coisas atrás das outras, e como se não bastasse ainda tenho a B. a 43km de distância! 43km esses que se transformam em 70, se tivermos em conta que metade do caminho é feito em estradas quase de terra! Não tenho a B. por perto, tenho-a apenas pelo telefone, e ainda me acontece isto tudo! Que raio me poderá acontecer mais?! Só me lembro daquela música dos Ratos do Porão "AIDS, Pop, Repressão, o que é que eu fiz para merecer isto?!".
publicado por diariodeumfrustrado às 20:26
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Segunda-feira, 18 de Fevereiro de 2008

145

Entre mim e a B. as coisas voltaram a ficar bem, e voltámos a entender-nos. Não escrevi isto aqui antes, porque de cada vez que o fiz, deu azar e voltámos a enfrentar problemas. Este é o terceiro e derradeiro teste. Se volta a acontecer qualquer coisa, eu "encomendo um trabalho" e deixo de postar aqui as vezes que estiver tudo bem com a B., senão vamos passar a vida a fazer as pazes!
Bem sei que o "sexo de fazer tréguas" é bom, mas acreditem que temos tido muito sexo, e do melhor que pode haver (como se calhar nunca tive, e acreditem que não sou pouco exigente), sem precisarmos de nos chatearmos primeiro, para depois fazer as pazes! Isso do sexo de fazer tréguas ser o melhor, é um mito! Lá acontece a alguns casais... vá, muitos casais. Mas isso é só porque estão frágeis, e ansiosos por se reconciliarem e esmeram-se um pouco mais para mostrarem que têm argumentos suficientes para estarem juntos. Mas isto, em tempo de paz! Agora, quando a paz já está instaurada, vão ver que com a cabeça leve, sem pressões, sem desgostos, sem tristezas, e com o mesmo empenho, o sexo vai saber ainda melhor! Experimentem, não custa nada!
Neste último fim-de-semana tive direito ao melhor sexo de toda a minha vida. Foram vezes e vezes e vezes. Enfim, parecia que o mundo ia acabar no dia a seguir ao fim-de-semana (e acabou, porque esta segunda-feira pareceu mesmo o Apocalipse em Lisboa). Foi um misto de amor, prazer, loucura, emoções, bem... tivemos mesmo tudo a que um casal pode ter direito! Além da parte sexual, estamos mais próximos também. Somos ainda mais cúmplices. Convivemos cada vez mais. Damo-nos cada vez mais. Somos cada vez mais um só.
Depois deste fim-de-semana brutal, nem tudo podiam ser rosas. Espetei o meu carro semi-novo ontem à noite, quando ia a 30km/h no túnel do aeroporto. Furei o pneu e tive que esperar pelo reboque, apesar de ainda o ter conseguido levar para a 2.ª circular e de ter provocado fila desde a saída para o Campo Grande até Sacavém. Como um mal nunca vem só, fiquei sem bateria nos telemóveis, e sem saldo também. Como dois males nunca vêm sós, um atrasado mental cuja matrícula é 68-38-ZM, e cujo carro creio ser um Renault, passou-me por cima do triângulo e desfez-mo. Um dia faço-lhe uma visita e é bom que ele não tenha dentes de ouro, porque se os tiver vai ser dali que me vai pagar um triângulo novo.
Estava eu contente a pensar que tinha sido só um pneu furado (não tinha eu nenhum suplente) e descubro hoje que os eixos também tinham um problema. Entortei-os com o embate. A 30km/h furei o pneu, o carro sacou piões (ena, que emoção... e eu que tinha como desejo ir para um descampado fazer piões para ver como era) e espetou a traseira direita no lancil. Como vêem, ir chega. Há que contar com estradas em boas condições.
Hoje demorei mais de 2 horas em filas, e quando estou quase a chegar ao fim das filas e a meter-me em estrada solta, eis que o motor decide chegar aos 120º de temperatura. Já começava a deitar fumo e, com o frio lá fora, ainda pensei usá-lo para assar umas castanhas, mas decidi pará-lo. Lá provoquei eu nova fila. Parei 5 minutos e o bicho voltou ao normal. Vou tentar pôr o carro a reparar na marca, e tinha fechado há 15 minutos. Pelo meio andei na faixa de BUS sem que a polícia me apanhasse (ao contrário de aqui há uns dias, onde apanhei uma multa depois de ter sido enganado no caminho por transeuntes).
Resumindo: são várias as coisas que tentam abalar a minha felicidade e confiança. Não acredito que seja perseguição. Algumas destas coisas também são azelhice minha. Mas, são umas atrás das outras e não posso esquecer a grande Mulher que tenho e todo o apoio que me tem dado, mesmo com tudo isto a acontecer-me! Obrigado, B., por teres sido uma verdadeira companheira! Espero poder acompanhar-te sempre da mesma forma ao longo da tua vida!!!
publicado por diariodeumfrustrado às 21:23
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Segunda-feira, 11 de Fevereiro de 2008

144

Mais uma vez a B. está a passar por um aperto, e mais uma vez me preteriu. Depois de ter desabafado comigo e de eu lhe ter dito algumas verdades, não gostou do que disse. Devia preferir que eu lhe passasse a mão pelo pêlo e lhe dissesse que estava no bom caminho! Optei por dizer a verdade! A dura verdade! Não aceitou. Tal como também não aceitou mais a minha companhia para hoje ou amanhã. Naaaa! Preferiu contar comigo para quarta-feira, quando ia precisar de algo em que eu a podia ajudar.
É assim o amor! E são assim as relações a dois: à base dos interesses e dos "apeteces"! Ela voltou a não contar comigo, e eu jurei para mim que nunca mais vou voltar a permitir que ela me faça isto! Rica relação! Pensa ela que é a única com problemas e que quer que deixe de lhe dizer as verdades, para lhe dizer coisas bonitas que só a vão fazer continuar a errar no futuro! O meu nome não é Jesus Cristo, e não sou o Salvador! Sou só um ser humano, com alguns problemas, diferentes dos dela, e que faz questão de dizer a verdade a quem ama, para ver se deixa de cometer erros que a levam para uma vida com mais problemas ainda! Mas não... eu sou o mau da fita! Sou o mau que é cruel e trata mal porque diz coisas que magoam! E sou tão mau que nem sequer sou merecedor da presença e companhia de quem amo! Nem sequer mereço ser a pessoa com quem alguém quer e pode contar! Sou mau!
publicado por diariodeumfrustrado às 21:37
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Sábado, 2 de Fevereiro de 2008

143

Conversámos ontem, depois de eu ter dito que estava tudo acabado entre nós, porque a B. nunca havia demonstrado que me queria realmente, pelo contrário, deu-me desprezo e silêncio.
Conversámos e começámos a entrar logo em pontos onde temos uma filosofia diferente: a forma de lidar que ela tem com o ex-marido. Do que presenciei, ele alega querer ver a filha, como forma de ver a B. e chega à casa onde ela mora com a família, entra por ali como se tudo fosse dele e depois mete conversa com ela sobre coisas que não a filha, sabendo que ela vai responder por ter medo que ele faça escândalos ali.
Disse-me ainda que o indivíduo tem uma palavra a dizer em algumas coisas da vida dela, pela dependência que se criou. Chamei-a à atenção para o facto de parecer que o seu casamento de pouco mais de 2 anos, se parecer com o que a minha mãe teve, que durou 21, pois foram criadas linhas de dependência de tal forma que ainda agora ela tem que conversar com ele sobre uma série de coisas e assuntos pendentes. Ora, será justo isto?
Disse-lhe, também, que uma coisa é o tipo estar presente na vida da filha (e isso é mais que legítimo), e outra é estar presente na vida da B.. A B. é mãe da filha dele, mas isso não implica que ele tenha que estar presente na vida dela! Disse-lhe ainda que, de acordo com o Código Civil, a lei diz que "o pai é o marido da mãe", mas que isto não precisa ser vivido e cumprido tão à letra! Ele, para ser pai da filha de ambos, não precisa comportar-se como se fosse marido da B.. A B. não tem que lhe dar satisfações da vida dela; ele não tem que entrar pela casa dela como se aquilo fosse tudo dele! Eles têm que se começar a comportar como a maioria dos casais divorciados normais: quer ver a filha? Telefona a avisar que a quer ver, espera à porta que ela leve lá a filha, ponto. Não é assim: ele chega, entra, dispõe, às tantas estão lá os três, manda as suas bocas, mete-se na vida dela, e às tantas lá acaba por parar e seguir a sua vida. Mas o que é isto?! Algum tipo está para aturar isto? Eu não! E desconhecia esta regra do jogo! Ela diz que é pelo bem da filha dela que faz isto mas... qual bem? O que é que isto tem a ver com o bem da filha?! Diz ela que não vai fazer a filha sair de casa depois de tomar banho e o pai tem direito a ter saudades da filha. Mas... ela própria sabe que as saudades que ele sente são mais para ver a B. do que a filha!!! Ele inventa estas desculpas! Assim não dá!
Falei ainda com a B. sobre a noção de "relacionamento" que nós temos. Para mim, relacionamento, casal, é como se fossemos um só! É como o corpo: eu não posso desatarrachar a mão esquerda em certos casos, ou tirar um olho, e depois voltar a pô-los no lugar a que pertencem para outras coisas. O corpo é um só. É um conjunto de membros e órgãos, mas é um só! Num casal é a mesma coisa. Temos sempre dois actores, mas os dois são um. Enfrentam coisas boas e más!
A B. tem opinião parcialmente diferente. Está habituada a resolver tudo sozinha e não lida muito bem com esta noção de "partilha" que se tem das coisas. Para ela, o casal deve estar lá em tudo mas... existem muitas coisas que só devem ser resolvidas sozinha. Concordo que a última palavra e os últimos toques devam ser feitos, por vezes, pela própria pessoa. Mas... não há lugar a partilha da situação? Do que se está a passar? Pedir conselhos? Pedir ajuda para algumas coisas? Sempre que existe um aperto vai haver isolamento total? É para isto que serve um casal? E depois quando está tudo bem, "vamos lá voltar aos beijinhos e ao sexo"?
Temos formas muito antagónicas de ver certas coisas, e a forma de um casal se dar é uma delas, o que torna tudo isto mais grave, porque assim vão haver desentendimentos.
Disse-lhe ainda que temos o dever de comunicar comportamentos estranhos de terceiros face a nós: seja alguma tipa relativamente a mim, seja algum tipo relativamente à B.. Aqui até estou a pensar no ex-marido dela, que quando descobri a semana passada que lhe mandava aqueles mails todos, e que lhe pedia satisfações por diversas coisas, fiquei com desconfiança dela, não por poder fazer alguma coisa com ele, mas por simplesmente me ocultar as tentativas dele. Como pode ela dizer que aquilo foram coisas sem importância?! Como pode ela dizer que nem sequer se lembrava?! Claro que lembrava! Claro que é importante! É grave!!! Como posso eu ficar descansado depois de saber que estas coisas foram feitas e ela nada me disse?!
Na quarta-feira veio, depois de um dia inteiro sem nada me dizer, feliz da vida, dizer que tinha arrendado um espaço até que a casa dela esteja pronta. Dizia que por enquanto ia para lá ela com a filha, mas que aos poucos, e sem pressões, eu iria para lá. Dizia que queria arranjar o canto dela, "o nosso canto", para que um dia pudessemos dizer como no anúncio: "aqui e contigo, vou ser feliz". Fiquei radiante! A nossa relação ia avançar mais! E de que maneira! Estava mesmo feliz, apesar de fazer um esforço para lhe demonstrar o contrário, dado que estava muito aborrecido pelo facto dela nada me ter dito o dia todo. Nem mesmo me respondeu às mensagens com um "AMO-TE". De acordo com ela, só pode dizer "AMO-TE", "quando o sente". Ou seja, se não disse é porque não sentia.
Estava feliz com a ideia do arrendamento e claro que eu a ia ajudar nisso! Não a deixava pendurada! Comecei logo a idealizar tudo, a sonhar acordado. Na quinta-feira veio a bomba. Liga-me a dizer que já não vai, porque foi pressionada por muita gente, teve muitas discussões com a mãe por causa disso, etc. Depois do aparato todo, desistiu. O mais grave disto é que nunca permitiu que a acompanhasse ou que lhe desse força. Nunca me quis ver. Nunca me ligou. Preferiu ver outras pessoas, do que a mim. Foram três dias de silêncio completo. E eu aqui. Servi para quê?
Veio-me com a estranha conversa com que já veio na quarta-feira: "estamos a ir muito rápido. Devemos pensar um dia de cada vez, viver as coisas aos poucos e deixar tudo fluir". Ora, depois do entusiasmo inicial, parece que a B. perdeu o gás e agora vem com filosofias de vida sobre "ter calma", que é a conversa típica de quem começa a acalmar-se e a ter certas dúvidas sobre as coisas. Ela, que de início me dava autênticas injecções de adrenalina e me motivava a ir em frente de cabeça, um com o outro, e com quem eu realmente ia porque sentia que o devia fazer, e fico feliz por o ter feito, porque não me dei mal com isso, agora pede-me "calma, porque as coisas desenrolam-se devagar e com o tempo". Então mas... onde está aquele gás todo?! Onde está a vontade toda?!
Quero estar do lado dela, juro que quero. Quero estar para sempre, juro que quero. Mas assim não vamos longe... Ela vê certas intromissões do ex-marido na vida dela como fazendo parte da vida da filha. E as duas coisas devem estar bem separadas. Deve ainda saber que um casal é-o em tudo e para tudo. Quando éramos adolescentes é que os casais eram só para dar beijinhos e depois cada um ia à sua vida e aos seus "problemas". Se somos adultos, as coisas não são assim.
Por fim, quero sentir-me presente na vida dela. Não, não quero ter "calma, que com o tempo vai lá". Não quero! Que mal fiz eu, ou fizemos nós, para que agora se tenha que ter calma?! Estavamos a ir bem! Ela deu-se mal com um atrasado mental, porque ele o era de facto, e as coisas correram mal por causa disso, não por terem avançado depressa. As coisas entre nós estavam a desenrolar-se bem, até aparecer esta estranha crise que ela sofreu e que continuo ainda a tentar percebê-la, só que ela não deixa! Eu sinto que há mais qualquer coisa por trás, mas não sei o quê, nem tenho como saber. Ela, que viveu tudo intensamente com outras pessoas e começou a fazê-lo comigo, agora pede-me calma para entrar na vida dela. Mas... porquê?! Já não falámos que uma coisa foi o que ela teve com outros, e outra é o que ela tem comigo? Nós já não vimos que podemos estar bem e ir para a frente? Achará ela que ainda estamos em idade de namoricos e isto não seja sério?! Somos adultos! As coisas não precisam esperar anos para se darem passos em frente!
Estamos juntos agora, mas quero ver o comportamento da B. nos próximos tempos. Ainda me encontro atordoado com isto tudo e um pouco murcho. Acho que é normal. Continuo sem saber muito bem o que se passou, porque agora tenho que ter calma e tenho que esperar para ser aceite na vida dela e para ganhar protagonismo nos vários campos que a compõem.
Desde sábado passado, acabei três vezes com ela aquilo que nós tinhamos. Os motivos foram sempre diferentes: na primeira, foi o conjunto de mails que vi. Tinha perdido a confiança nela. Resolveu-se tudo da forma que disse. A segunda foi quando a vejo ausente, a desprezar-me e a não me querer incluir nas coisas da vida dela. Magoou-me a forma como fui tratado e a forma como a chamava à atenção e ela não me ouvia. A terceira foi ontem, depois desta conversa toda que aqui expus. Concluí que temos maneiras de pensar bastante distintas em campos basilares, que a coisa ia correr mal e que íamos voltar às discussões por temas que deviam ter sido discutidos. Honestamente, não vou acabar mais vez nenhuma. Os avisos já lhe foram feitos. Se sinto que os comportamentos estranhos continuam, simplesmente desapareço. Não por cobardia, mas porque já falámos q.b. e com a conversa não fomos lá. Espero, muito sinceramente, que ela me comece a ver de outra forma e a incluir-me na vida dela. Espero que mude isso, e que mude também a forma como ela se dá com o ex-marido. Isso vai ter, definitivamente, que mudar. Já lhe disse que, quando desaparecer, será definitivo e estarei inacessível quer na internet, quer nos telefones. Só não estarei na casa onde moro, mas como farei por estar fora, desaparecerei do mapa. Já falámos q.b. e... não tenho mais capacidade para voltar a ter conversas que já tivemos no passado e que de nada valeram. Se ela me quiser, sabe o que pode esperar de mim. Sim, estamos juntos há quase dois meses, não é tão pouco tempo quanto isso, e, sim, ela sabe com quem pode contar e com o que contar. Vou andar "diferente" nos próximos dias, mas isso é mesmo pelo desgaste que toda esta situação me causou. Espero que ela me dê motivos para voltar ao que era com ela.
publicado por diariodeumfrustrado às 10:18
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