Terça-feira, 25 de Março de 2008

197

Hoje falo de... mulheres. De mulheres em geral, sem me referir a nenhuma em concreto e sem quaisquer mágoas do passado. Apenas de mulheres.
A mulher, entre muitas qualidades que tem, tem um defeito genético: não consegue tratar bem aquele que lhe faz bem. Basicamente, a mulher dá força ao velho ditado que diz que não devemos morder a mesma mão que nos alimenta. É o que se passa com esse ser fantástico que é a mulher.
Ainda há instantes falava com um amigo que padece desse mal. Sempre que falo com outros amigos e conhecidos, todos padecem do mesmo. Claro, refiro-me aos que são exemplos e são bons para elas. É muito perigoso um tipo ser porreiro para elas. Quando é boa pessoa, prestável e pensa "epá, eu vou fazer por esta tipa o que gostava que me fizessem, porque ela merece, é boa pessoa, etc", é aqui que começa o momento crítico. Nós, homens, temos por hábito traçar uma linha. Essa linha forma o célebre "círculo da confiança". Quando alguém atravessa essa linha, tendemos a levantar as guardas e a mostrar que se dá mais um passo em frente, cedo o nosso corpo de fuzileiros entrará em acção. Sempre que um tipo está com as guardas montadas, as mulheres ficam baralhadas, inseguras e deixam-se seduzir pelo mistério que toda essa ideologia militar arrasta para o seu mundo.
O momento crítico é aquele em que o homem começa a pensar que está diante de um "ser amigável", que até nem é "tão má quanto isso", que "não merece tantas defesas" e, por fim, o point of no return: quando o homem pensa "posso confiar nesta tipa e dar-lhe o melhor de mim". É aí que o tipo tem conhecimento que se vai estatelar à grande e que vai custar a levantar-se no futuro. Aí, o tipo traça a sua sentença. Está perdido. Corrijo, está fodido!
É neste momento que as mulheres, quais lobas vestidas com pele de ovelha, começam a revelar aquilo que são e começam a agir sabendo que têm o tipo na mão. Aí, acabou-se a boa vida do homem. O homem deixa de ser misterioso para ser "chato", deixa de ser o salvador e o centro, para passar a ser o tipo que as aborrece com coisas nas quais mais ninguém pensa, passam a ser o muro de lamentações delas, e qualquer coisa que os homens digam é sinal de "chorar de barriga cheia". O homem deixa de receber mensagens e telefonemas, excepto quando elas querem que eles as vão buscar a qualquer lado, ou lhes façam um favor. Pelo meio, algumas são capazes de mandar alguma coisa romântica. Mas a génese é esta. A partir deste momento elas assumem o controlo e isso, meus amigos, é perigoso. Para voltar a pegar nas rédeas e equilibrar a situação é um "Deus nos acuda", e na esmagadora maioria dos casos já não há volta a dar.
Claro que depois temos várias nuances: temos as que começam a agir assim, mas não o fazem por maldade, mas porque já lhes está no sangue, e também conseguem ser umas porreiras de vez em quando; há as cobras, que conseguem ser autênticas víboras tal a forma como aproveitam para fazer mal a tipos porreiros, de forma gratuita; há as que mesmo vendo o cenário de "baixa da guarida" por parte do homem, têm medo de o perder, e nem sempre manifestam este defeito genético.
O problema nisto tudo, é que muitas estranham porque são alguns homens autênticos filhos da puta. Eu compreendo-os. Se eles não forem filhos da puta para elas, o risco delas fazerem deles "gato-sapato", é enorme! E com tamanha lei da probabilidade a jogar contra si, não vale a pena arriscar: jamais baixar a guarida! Claro que também aqui existem os tipos filhos da puta por natureza e que são víboras, etc. A mesma situação que se aplica a elas. Mas, vendo bem as coisas, o homem não tem hipótese: enquanto mantém as tropas em sentido, tem a mulher totalmente entregue ao seu lado e de quatro para ele. Quando baixa a guarida, ela fá-lo pagar por qualquer coisa que ele não fez, mas que um dia talvez ele venha a descobrir o que terá sido.
Infelizmente, um tipo tem que ser calculista com elas, e manter-se sempre desconfiado. Se se vacila, no campo amoroso, com uma mulher, é a morte do artista, e aí o tipo passa do fenómeno da porreirice para o da burrice! Há muito tipo por aí, nos quais eu me incluo, que gostavam de ser porreiros para elas, e dar-lhes o melhor de si. No entanto, tal não é possível, porque se o fizer... existe uma elevada probabilidade de vir a ser um "instrumento nas mãos dela". De todos os tipos que eu conheço que foram "porreiros para elas" (mas que foram mesmo), 99% deles saíram com um "andar novo" dessa relação. Como diz um amigo meu:
- Os cães ladram, os gatos miam, e as mulheres fazem isto.

P.S.: Claro que existem excepções, e claro que só faço referência à possibilidade de existirem excepções porque dezenas de mulheres vão encher este post com comentários como "existem mulheres diferentes, e eu sou uma delas". Assim, mais vale jogar com o politicamente correcto.
publicado por diariodeumfrustrado às 22:52
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Segunda-feira, 24 de Março de 2008

196

Ah que bela semana que por aí vem! A vida faz-me bem! E como! Estou bem! Estou contente! E de bem comigo e com a vida. Depois da tempestade, vem sempre a bonança! Já passou a tempestade e os resquícios dela. Agora sim, o sol brilha! Estou contente!
publicado por diariodeumfrustrado às 20:33
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Domingo, 23 de Março de 2008

195

Tranquilo. Estou tranquilo. Não preciso estar a "bater mal" ou a lidar mal com tudo isto. Amar sem ser amado, é cansar o coração. O meu sentimento pela B. é uma coisa, mas nunca foi o suficiente para a fazer ver em nós algo sério. Sei que errei. Não foi só a B. a errar. Desesperei diversas vezes porque via a sua apatia e inércia face às investidas do seu ex. É natural. Ninguém gosta de ver a pessoa com quem está ser vítima de pressões, assédios e maus tratos. Nunca maltratei a B.. Disse-lhe algumas coisas que se calhar não devia ter dito e noutras expressei-me mal dando a entender algo que não era bem aquilo que queria dizer. No entanto, creio que os relacionamentos são feitos disso: as pessoas às vezes magoam-se e dizem coisas que ferem o outro (tal como ela mas disse a mim), mas pedem desculpa e seguem em frente.
Diga-se o que se disser, as coisas sobretudo conversam-se e as pessoas tentam entender-se. Não se fica em silêncio e se organiza a vida pelas costas do outro. Eu errei, da mesma forma que a B. errou comigo num sem número de coisas, mas tudo coisas normais. Sempre quis estar com ela e fazer até o meu futuro com ela e com a filha. Não há nada que justifique o que a B. fez. Sobretudo porque eu amava a B.. Amava mesmo muito. Era o tipo que, literalmente, daria a vida por ela. Cheguei a abdicar de algumas coisas na minha vida para podermos estar juntos. Abdiquei de algumas sem que ela sequer soubesse ou imaginasse.
Dei o meu melhor e sei que, apesar de ter errado, os meus erros foram erros que com conversa e um pedido de desculpas se resolvem. Foi assim que se resolveram as várias vezes que a B. errou. Eu pedi desculpa por todos os erros que cometi, mas a B. atirava-me este tipo de erros à cara constantemente, mesmo depois do perdão concedido. As pessoas normais funcionam assim: dizem e fazem coisas que por vezes ofendem e magoam, mas perdoam e seguem em frente juntas! Acontece com todos os comuns mortais. O que a B. fez, ao não conversar sobre as coisas, apenas reclamando mágoa, e mais tarde voltar-se para o ex-marido, não pode ser justificável. No fundo, ela sabe que dei tudo o que podia. E sabe ainda que não merecia um desfecho destes. Sabe também que errou. Aliás, a B. nos últimos tempos do nosso relacionamento chegou a dizer-me "o meu ex dava umas belas fodas. De vez em quando fazia umas coisas engraçadas. Algumas só foi lá quando eu o ensinei. De 0 a 20, dava-lhe 17. Mas a ti dou 19!". Como é natural, creio eu, aborreci-me bastante com isto. A reacção que tive dela foi "estás sempre chateado com tudo o que eu digo. És resmungão e por coisas que não têm mal nenhum! És muito complicado". Recordava-me constantemente, e com algum saudosismo, a forma como o conheceu. Fazia cenas de ciúmes quando sabia que ele estava com uma mulher nova. Nunca tinha mal nenhum... e no fim eu era o injusto. O costume...
É por isso que estou de consciência tranquila. Às vezes custa pensar no assunto. Nunca mais visitei os seus espaços de internet, nem pretendo visitar, sobretudo porque duvido que algum do conteúdo que lá se encontra me tenha sido realmente dedicado e por não querer ver mais nada desde que terminámos. A B. falhou em muitos níveis e eu sempre estive do seu lado. Eu falho e sou severamente castigado. Não me parece justo e é por não ser justo que tenho que retomar a minha vida. Vou seguir a minha vida, vou encontrar alguém melhor que a B., que certamente terá mais vontade em fazer-me feliz do que ela tinha. Hoje em dia ligo imensas coisas que na altura pensava tratarem-se de "coisas que a probabilidade é de 0,000000001 mas que acontecem com ela". Na verdade, o acontecimento destas coisas tinha uma justificação: a B. e a sua relação com o ex-marido, ou marido, ou amante, ou namorado. O que raio ele for.
Recaídas? Sei que vou ter algumas, mas sei que sou um resistente, um sobrevivente, um guerreiro e que ao pensar em tudo o que aconteceu desde o início, logo me levanto. Sei que fiz tudo o que podia, e dei o meu melhor, apesar de não se passar o mesmo relativamente à B.. Espero que a B. seja muito feliz e que se consiga realizar e preencher em todos os campos que pretende. Espero ainda que se sinta compensada. Certamente, eu um dia também serei compensado por tudo o que lhe dediquei e por tudo o que fiz por ela. Mas será outra a privilegiada. Andam por aí muitas mulheres bonitas, inteligentes e com valores, sozinhas e desejosas de ter uma pessoa que trate bem delas, querendo também elas tratar bem dessa pessoa. Sei qual tem sido o meu percurso nesta vida e sei o que sou capaz de fazer por alguém. Sei ainda que serei recompensado pela forma como me dediquei.
Hoje faço aqui uma jura: o assunto B. morreu definitivamente. Dei tudo o que podia, cometi erros, mas todos juntos não legitimam que ela tivesse agido comigo como agiu durante quase todo o tempo em que estivemos juntos. Não quero saber mais dela. Nem pintada em ouro! Sei que coloquei aqui anúncios para conhecer pessoas e até falei da menina do comboio. A minha prioridade não é arranjar alguém urgentemente. Estive bastante tempo sem ninguém, até me relacionar com a B., porque julguei que com ela fosse sério e "eterno". Posso passar mais algum tempo sozinho, até acertar com alguém. Se surgir destes vários meios nos quais me relaciono e pelos quais passo, óptimo, mas não me vou atirar à primeira mulher que se aproximar de mim. Vou ter cuidado e estudar bem as pessoas. Sim, estudar. Ver bem quem é e como é, antes de avançar. Não estou desesperado por companhia. Apesar destes cuidados, estou certo que vou descobrir alguém bem melhor que a B., e com vontade de me ter do seu lado e com mais carácter. Eu tenho valor, muito! E vou encontrar também alguém com tanto valor quanto eu :)
publicado por diariodeumfrustrado às 17:14
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Sábado, 22 de Março de 2008

194

Estou a ter uma recaída desde há cerca de três horas. Não consigo acreditar em tudo o que aconteceu, nem o porquê de estar a sofrer assim. Vou voltar aos meus comprimidos, que já não tomava há alguns dias, e deixar o blogue durante uns tempos. Pelo menos até recuperar o suficiente. Vão poder deixar comentários automáticos ao longo do tempo em que estiver fora.

Estou a enlouquecer, a desesperar, e a entrar numa depressão como nunca entrei na minha vida. Não merecia isto. Juro que não. Tudo o que quis foi amar alguém e ser feliz com alguém. Não merecia isto...
publicado por diariodeumfrustrado às 17:34
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193

Aqui fica a letra de uma música de alguém que eu acho um génio: Gabriel, o Pensador. Mesmo que não gostem do estilo de música dele, atentem às letras. Deixo-vos esta, chama-se "Sem Parar":

A vida é feito andar de bicicleta: se parar você cai.
Vai em frente sem parar, que a parada é suicida, porque a vida é muito curta e a estrada é comprida.
Você sobe e você desce na escada da vida e às vezes parece que a batalha tá perdida e que você voltou pro ponto de partida.
Vai à luta, levanta, revida!
Vai em frente, não se rende, não se prende nesse medo de errar, que é errando que se aprende que o caminho até parece complicado e às vezes tão difícil que você se surpreende quando sente de repente que era tudo muito simples - vai em frente que você entende.
Boa sorte, firme e forte, vai com a força da mente.
Vai sabendo que não há nenhum peso que você não aguente.
Vai na marra, vai na garra, vai em frente.
E se agarra no seu sonho com unhas e dentes.
Pra saber o que é possível é preciso que se tente conseguir o impossível, então tente!
Sempre alimente a esperança de vencer.
Só duvide de quem duvida de você.

Sem parar, sem parar, se parar você cai!
Demorou, demorou! Pedala aí!
Então não pára o movimento, vai em frente, vai!
Sem parar, sem parar, se parar você cai!
Demorou, demorou! Pedala aí!
Não repara no mau tempo que o sol já sai.
Vai em frente, sem parar que se parar você cai!
Vai em frente, enfrente, enfrenta, vai!

Vai agora, não chora.
Ignora a energia negativa lá fora, porque dentro de você existe um poder bem maior do que você pensa.
Vai atrás da recompensa e se houver inveja e se ouvir ofensa você responde com a força do perdão.
E aumenta sua crença cada que vez ouvir um não, porque todo não esconde um sim.
Ainda é só o começo, vá até ao fim.
Aprenda nos tropeços, não olhe pro chão.
Olhe pro céu.
Olhe pra vida sempre de cabeça erguida que no fim do túnel tem uma saída, mesmo quando você não consegue ver a luz.
Feche os olhos que uma força te conduz.
Vai em frente, vai seguro, faz um furo nesse muro que o escuro se esclarece.
Vai em frente, simplesmente vai em frente que o futuro é um presente que a vida te oferece.

Sem parar, sem parar, se parar você cai!
Demorou, demorou! Pedala aí!
Então não pára o movimento, vai em frente, vai!

É na dor que o recém-nascido aprende a chorar.
Pra encontrar a cura você tem que procurar.
É no choro que o recém-nascido aprende a respirar.
Então respira fundo que a vitória tá no ar.
Vai indo, vai na tua, vai você.
Vai nessa, vai na boa, vai vencer.
Acredite no bem, que fazer o bem faz bem.
Faça o bem que faz acontecer.
Vai na fé, vai a pé, vai do jeito que der.
Vai até onde puder, vai atrás do que tu quer.
Vai andando, vai seguindo, vai pensando, vai sentindo, vai amando, vai sorrindo, vai cantando, vai curtindo, vai plantando e vai colhendo, vai lutando pela paz - vai dançando no ritmo que o tempo faz.
Vai de peito aberto.
Vai dar certo.
Confiante que o distante num instante fica perto.
Fica esperto, vai! Com a força de vontade.
Vai à vera, não espera a oportunidade.
Não aceita humilhação mas não perde a humildade.
E nunca abra a mão da sua dignidade.

Sem parar, sem parar, se parar você cai!
Demorou, demorou! Pedala aí!
Então não pára o movimento, vai em frente, vai!
Se parar você cai, se cair cê levanta.

publicado por diariodeumfrustrado às 14:25
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192

A Q. foi uma pessoa que ocupou uma função muito importante na minha vida, durante quase 3 anos. Conhecemo-nos em situações adversas. Ela era casada, mais velha, mas via o marido como um "irmão". Sentia-se muito sozinha e carente por alguém que realmente pudesse amar. Não se queixava do marido que a amava, mas queixava-se de não o conseguir amar a ele.
A carência é um estado muito crítico e sensível. Não a censuro, nem censuro as pessoas que sintam carência.
Conhecemo-nos e acabámos por nos envolver. Só ao fim de alguns meses houve contacto mais íntimo. Até lá havia muita conversa, partilha, afectos, etc. Ela ser casada cedo me trouxe problemas de consciência, o que me levou a terminar as coisas bastante cedo. Se ela era casada, para quê alimentar algo que era errado?
Estivemos três meses sem contacto. Foi uma decisão acertada. Ao fim de três meses, a Q. voltou a contactar-me. Palavra puxa palavra e quando demos conta... voltámos ao mesmo. A partir daí não deixámos mais o contacto um com o outro. Como é natural, disse-lhe que não iria continuar com ela, estando ela casada. Decidiu, ao fim de algum tempo, comunicar ao marido que não pretendia continuar mais com ele.
Houve um largo período de muita confusão, porque ele não se importava com a situação, mas apenas queria continuar com ela, para poder manter a família toda junta. Ao mesmo tempo incomodava-me saber que partilhavam o mesmo espaço juntos e outras coisas mais.
Por diversas vezes tentei desligar dela, mas ela voltava sempre à carga. Não conseguia desligar-se de mim.
Havia algo nela que me perturbava: a crise de confiança e falta de amor próprio. Durante todo o tempo que estivemos "juntos" referia constantemente que possivelmente não merecia ser amada, que não gostava de si, que devia ter tido a atitude de deixar o marido quando nova, porque de certa forma sempre foi infeliz toda a vida, por estar com uma pessoa que não amava, etc. Tomava vários fármacos para tentar diminuir a ansiedade, a dor, e para poder ter algum sossego. Por várias vezes tentei transmitir-lhe confiança no futuro, que tudo ia correr bem, e que a amava. Nunca era suficiente. Cheguei a fazer diversas vezes mais de 60km de táxi só para poder estar com ela 10/15 minutos. Tentei provar-lhe que merecia ser amada, e que estava na altura de deixar que isso acontecesse.
Golpeou-se diversas vezes, deixando marcas no seu corpo, tal era a frustração que sentia ao lidar com estas crises de falta de amor próprio. Chegou a afirmar que não merecia viver e que iria descansar para sempre. Nesses momentos desligava o telemóvel e desaparecia. Eu ficava impotente para poder fazer alguma coisa, dado que tinha a família dela em casa e não podia colocá-la em risco caso algo não tivesse de facto acontecido.
Compreendo aquilo que ela sentia. Compreendo o vazio e a frustração. Já senti várias vezes o mesmo que ela sentiu.
Ao fim de mais de dois anos, as coisas parecem começar a resolver-se para o lado dela. O marido acabou por sair de casa, e começámos a ter mais tempo para estarmos juntos e podermos permitir que a nossa relação se desenrolasse. No entanto, ao fim daquele tempo todo, a nossa relação já tinha atingido um desgaste tal que me fez questionar diversas vezes se valeria a pena avançar. Ela tinha problemas, eu tentei ajudá-la, mas nunca consegui. Como seria dali para a frente? Algumas crises continuavam... e comecei a perder o sentimento que durante muito tempo nos uniu.
As coisas acabaram naturalmente. No entanto, gostaria de destacar que muito aprendi com ela, e que foi, possivelmente, a pessoa mais correcta, mais honesta, mais pura e com maior vontade de amar, que conheci até hoje. Tenho mesmo muita pena por não conseguir mandar no coração. Apesar de mais velha, é uma pessoa com um interior lindíssimo e puro, e merecia, sinceramente, ser feliz. É graças a ela que ainda hoje acredito que as mulheres não são todas iguais, e que ainda há por aí algumas mulheres de jeito, dispostas a fazer tudo pela sua felicidade, por amor e pela felicidade de pessoas à sua volta. A Q. marcou-me, entre outras coisas, essencialmente por isto: é um exemplo para todas as que por aí andam e se portam mal. Apesar de ter sido uma relação muito tortuosa, só lhe tenho a agradecer o facto de ter estado na minha vida e de ainda hoje me fazer acreditar que é possível conhecer uma mulher como deve ser. Só tenho a desejar que seja feliz. Não merecia sofrer, nem tão-pouco ser tão só como é. Teve ainda outra coisa muito boa: esteve presente muitas vezes, em momentos-chave da minha vida e nunca me mentiu ou ocultou o que quer que fosse. É um exemplo de carácter e integridade.

P.S.: Agora sim, esgotei todas as histórias sobre relações sérias que tive.
publicado por diariodeumfrustrado às 13:32
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191

Ontem à noite tive uma recaída, mas hoje já me voltei a levantar. Sou forte! Sensível, mas forte!
publicado por diariodeumfrustrado às 10:01
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190

Ser feliz. Foi tudo o que eu sempre pedi. Nunca pedi dinheiro. Nunca pedi um carro. Nunca pedi ouro. Nunca pedi nada. Apenas pedi para ser feliz. Nunca o fui, e não sei quando o conseguirei ser. Tenho este sonho desde sempre e o que é certo é que sofro cada vez mais. O vazio é grande, e o sofrimento e a dor maiores ainda.
Tudo o que peço desde muito novo é... ser feliz. Parece que peço demais. Não me acho má pessoa, acho-me com bom fundo, nunca quis fazer mal a ninguém, nunca fui de confusões ou de maldades. No entanto, pela minha vida sempre passou muita gente má. Algumas boas, mas muitas más. Há pessoas que não têm noção do quão más conseguem ser.
Não sou mau tipo. E tudo o que quero é ser feliz. Pobre, mas feliz. Sem roupa no corpo, mas feliz. Só quero ser feliz... e quanto mais sonho com a felicidade, mais sofro. Não percebo, mas faz-me muita confusão. Afinal, que mal tão grande foi esse que fiz para estar assim?
publicado por diariodeumfrustrado às 00:13
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Sexta-feira, 21 de Março de 2008

189

Estar sozinho é fodido... pior do que estar sozinho é quando nos sentimos completamente sós. A solidão é muito difícil de digerir e aceitar... Eu sei do que falo, infelizmente.
publicado por diariodeumfrustrado às 22:58
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Quinta-feira, 20 de Março de 2008

188

Há uns dias falei de uma tipa que ia comigo no comboio. Como voltei a ter "bom ar", ela voltou a olhar para mim e a sorrir. Hoje, depois de mais um sorriso, ao sair na sua estação do Metro, virou-se para mim e disse "Boa Páscoa" e esboçou um sorriso maior ainda. Sorri e disse "obrigado, igualmente".
Para primeiro passo, não está nada mau. Agora virá o passo seguinte. Segunda-feira vou abordá-la. Eu, que nunca tive este tipo de atitude, vou fazê-lo. Vou abordá-la e vou dar-lhe o meu número. Se ela quiser tomar um café, ou algo do género, responderá. Quem sabe se não está aqui uma oportunidade de conhecer alguém de jeito? Quem sabe se não ficamos só amigos? Quem sabe se nada acontece depois de eu a abordar e ela foge? Quem sabe... Ninguém sabe do futuro. O futuro ainda não está escrito. E o presente vamos escrevendo-o. Estou a tratar do meu e acho que não podia ter melhor reacção face a uma fase negativa.
Segunda-feira trarei mais novidades sobre esta "menina" que deve andar perto dos 30, que me sorriu, me desejou hoje "Boa Páscoa" e alegrou por completo o meu dia e o meu fim-de-semana alargado. Não tenho expectativas criadas face à mesma, nem estou já a dizer que será a pessoa com quem terei ou virei a ter X ou Y. Nunca falei com ela, e escolher alguém com base na fisionomia já vi que dá mau resultado. Vou tentar abordá-la e conhecê-la. É tudo o que sei a propósito dela. Não pretendo repetir erros cometidos no passado.
publicado por diariodeumfrustrado às 14:20
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