Segunda-feira, 28 de Abril de 2008

205

- Comprar um carro;
- Comprar uma casa;
- Encontrar uma Mulher.

São estas as três coisas nas quais um homem muito dificilmente consegue acertar. Se acertar em duas delas, já se pode dar por satisfeito. Acertar nas três, é obra! Acertar nas três à primeira, é milagre! Carros há muitos, casas há muitas, e mulheres também existem muitas. Mas acertar num carro que lhe encha as medidas, numa casa que se adeque aos seus gostos e necessidades, e numa Mulher com "M", não é para qualquer um.
publicado por diariodeumfrustrado às 20:29
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Sábado, 26 de Abril de 2008

204

O meu amigo L., de quem falei há alguns meses atrás, arranjou uma namorada recentemente. Era uma tipa com quem já tinha namorado há mais de dez anos. Conheci a tipa ainda eles não estavam juntos. Miúda porreira, com boa conversa, simpática, divertida, etc. Estava ali uma tipa com boa pinta e fiquei contente pelo facto do L. estar a aproximar-se dela. É mais um amigo que se safa, e parecia que com uma boa rapariga. Ainda bem.
Ainda não estavam juntos, e já o L. me contou o drama que estava a passar com ela: são só amigos, talvez daqui a alguns meses surja alguma coisa, mas para já não. Ela tem um tipo que diz que é namorado dela e ela diz que não namoram, mas que gosta dele, e não quer namorar com ele porque ele gosta dela, diz que é namorado dela, mas não sabe o que quer dela. Percebi logo que isto não ia dar bom resultado: uma tipa que ainda é amiga dele e já tem estes dramas e contradições, nunca poderá dar nada de bom para ele.
Ao fim de alguns dias já estava a dormir com ela e estavam a preparar tudo para ficar juntos, quando ele me diz que afinal ela namora com o outro tipo que dizia que era namorado e que ela desmentia. Apesar de namorar com ele, estava à espera que o tipo voltasse das suas férias no estrangeiro para ter uma conversa com ele, mas estava decidida a ficar com o L. e a começar uma relação com ele.
Mais uma vez percebi que havia aqui algo de errado e disse-lhe para ter cuidado e ir com calma. Disse-lhe que devia abrir os olhos e não se atirar de imediato para os braços dela. O L. sossegou-me com um:
- Epá, achas?! Ela é que vem cá bater. Eu estou do lado de fora, mas tranquilo. Ela que resolva a vida dela, que depois falamos.
Até aqui tudo bem. Aconselhei ainda o L. a dar-lhe espaço para resolver as suas coisas com o ex, pois se realmente as queria resolver, precisava de calma e estabilidade para poder conversar com ele, e não de alguém que a apertasse e pressionasse. O L. assegurou-me que lhe estava a dar todo o espaço do mundo, apesar de ter desesperado e discutido com ela quando ela lhe diz que quer acabar com o futuro "ex" e ficar com ele, mas continuava a responder às mensagens que o tipo lhe enviava. Até aqui tudo normal, mas mesmo assim aconselhei-o a ter calma e a não lhe dizer mais nada enquanto ela não tivesse "a conversa" com o tipo. Assim fez ele.
Apesar de tudo isto, continuei a desconfiar. É a velha e clássica história: quando alguém quer mesmo terminar a sua relação com alguém, fá-lo. Não fica a dar confiança, motivando o outro, ainda que possivelmente de forma inconsciente, para a possibilidade de haver hipótese de reconciliação. Se ela responde às mensagens, dá confiança, e essa é que é essa. Ao menos tenho que tirar o chapéu à tipa numa coisa: sempre contou a verdade ao L. e dizia o que se estava a passar. Não mentiu. Disse que queria terminar com o tipo, mas que ainda sentia algo por ele. Mas ao mesmo tempo queria estar com o L.. Eu percebi o que é que estava aqui, mas o L. não. Aqui estava mais uma demonstração da falta de carácter de alguém para quem hoje lhe apetece comer arroz, mas mais tarde já quer comer batata. Basicamente, a tipa não sabia o que queria, e se pudesse, iria divertir-se com os dois. Assim viveria feliz para sempre.
Alertei o L. para o que estava a acontecer e ele, muito seguro de si, como de costume, afirmou já saber tudo e conhecer este tipo de mulheres à distância.
Subitamente o L. desapareceu. Eclipsou-se. Estive quase duas semanas sem ouvir falar dele. Percebi que estava com a tipa. É normal, nos dias que correm, quando alguém arranja uma "mulher nova", desaparecer por completo do convívio com os amigos. Compreendo isso. É a novidade, o começo, a emoção, a pica, etc. Enfim, parece que o mundo acaba amanhã e as 24 horas do nosso dia são divididas com essa pessoa. Depois as coisas acalmam.
Ontem voltei a saber do L.. Demasiado cedo, julguei eu. Contou-me logo que as coisas com a tipa estavam péssimas, dado que discutiam imenso porque ela estava com ele, mas continuava nas mensagens com o "ex". A conversa que se seguiu foi esta:
- Não digas mais nada. - pedi eu - Ela continua nas mensagens com o ex, porque o coitado está a sentir-se triste por ter acabado com ela, e ela até o acha um bom tipo, uma óptima pessoa, etc, e diz que quer desligar-se dele aos poucos porque não o quer magoar e o tipo não merece isso, etc, mas afinal quer estar contigo. Certo?
- Exactamente. É o que ela diz!
- Deixa-me ver... ela diz ainda que se não fosses tu ela já tinha parado de falar com o ex há muito tempo e já tinha terminado tudo, mas a culpa é tua, mesmo sem que ela saiba o porquê, e que isso dificulta as coisas...
- Sim, diz isso...
- A culpa de discutirem é totalmente tua, porque devias ser mais compreensivo e entender que ela tem que comunicar com o ex... Se não fosse o teu mau feitio, que ela não consegue precisar o porquê de ser mau, as coisas estavam perfeitas entre vocês... Ela diz que tens mau feitio, nunca vai conseguir justificar o porquê de tal afirmação, mas só o diz porque cada vez que a encostas à parede tens razão e ela não gosta de saber que és tu, logo tu, quem tem a razão. Certo?
- É esse o filme que ela faz! Ela quer um tipo cãozinho que lhe faça as vontades e que nunca a contradiga em nada! Falava que o ex fazia das suas, mas agora continua a falar com ele. Diz que é como amiga! Mas chateia-me! O gajo está sempre a mandar-lhe mensagens: de manhã, de tarde, de noite, a toda a hora! E eu digo-lhe para não responder, e ela nem ouve e responde ao gajo! Assim não dá!
- Pois! Mas o culpado dela responder às mensagens e falar ao telefone com o gajo, é tua, certo? Aliás, de quem mais seria a culpa?
- É o que ela diz!
- Caro amigo, manda a tipa pastar e acaba com ela agora.
- Eu? Eu não gosto muito dela ainda. A cama é boa! Quero aproveitar mais um bocado!
- Se não gostasses muito dela, quando ela te mandasse uma mensagem, não ias logo a correr atrás do telemóvel. Se não gostasses dela não ficavas furioso pelas coisas que o ex faz com ela e vice-versa. Aliás, até era um favor que o tipo te fazia: distraía-a e tu estavas com ela nos tempos livres, sem ter uma gaja a chatear-te porque quer estar contigo. Por isso, não me lixes: TU GOSTAS DELA!
- Mas eu é que decido quando estou com ela. Ela não manda nada...
- Ouve: se não és tu a largar uma tipa dessas, que até pode ser boa amiga e boa pessoa, mas não é boa namorada para ti, vais ser tu a sofrer. A tipa vai voltar para o ex, se é que já não esteja com ele sem tu saberes, daqui a algum tempo vai mandar-te pastar e sugerir que sejam só amigos, e nessa altura és tu quem vai sofrer. Ah! Claro que quando isso tudo acontecer ela vai dizer que tudo o que aconteceu, aconteceu por culpa tua. Prepara-te para isso. É outro clássico. Por isso, deixa-a agora, enquanto vais a tempo. Senão vais sofrer e vais sofrer bastante, por causa de uma tipa que é boa amiga, mas não é boa namorada, parceira, companheira, mulher!
- Epá, não quero saber disso. Vou comendo-a e aproveitar com outras se quiser.
- Tudo bem. Tu é que sabes...
Hoje voltámos a tomar café juntos. Já não mandavam mensagens quase há 24 horas e estavam a ver quem quebrava primeiro. Aliás, o L. estava. Ela já estava noutra onda bem diferente. Eu próprio senti isso. Às tantas, o L. não aguentou e mandou uma mensagem à tipa a dizer que estava a tomar café comigo. Apenas isto. Ela responde-lhe com a seguinte mensagem:
- "Ah sim? Vou sair agora com as minhas amigas. Até amanhã!".
Claro que ele ficou furioso! Não percebe o porquê dela fazer isto. Como é óbvio, estar a tomar café comigo não inviabilizava que se vissem mais tarde, até porque eu não ia ficar com ele no café "até que a morte nos separasse". Eis que dou mais um conselho:
- Não sei se já percebeste, mas ela está a tentar acabar contigo ainda antes de ter começado, mas não sabe como é que o há-de fazer. Está a ver se és tu quem dá o primeiro passo...
- E vou dar! Só por causa disso vou dar mesmo! Acabou para mim!
- Então faz questão de lhe dizer isso e não o faças pelo telemóvel. E tem uma conversa curta e directa. Diz apenas que acabou e não vais precisar de explicar o porquê. O que quer que digas, nunca terás razão e a culpa será sempre tua. Mulheres. Calculistas e com a mania que são mais espertas por nós. O problema é quando nos apaixonamos. Aí elas conseguem ser mais espertas do que nós. Mas é para isso que existe gente, como os amigos, que estão do lado de fora: apontam o dedo se o amigo fizer das suas, mas também o ajudam a abrir os olhos quando a tipa mete a pata na poça. Vai ter com ela, diz-lhe só "acabou", deseja-lhe boa sorte para o futuro, e esquece que estes últimos dias aconteceram. Se ela for feliz ou infeliz no futuro, nem penses mais nisso. Ela que seja o que tiver que ser. Deixa-a ir em paz e não lhe digas nunca mais o que quer que seja, nem mesmo quando ela no futuro começar com jogos para se reaproximar de ti. Vão voltar ao mesmo, e ela vai deixar-te mal novamente. Acabem tudo a bem antes que um destes dias a venhas a apanhar em flagrante com o suposto ex dela, e depois seja pior. Deixa-me ser sincero contigo: muito provavelmente ela já estará com o gajo, mas quer estar contigo ao mesmo tempo.
- Eu na 5.ª feira bem que tinha achado estranho. Comecei a aproximar-me dela, a provocá-la, etc, e ela atira-me a seco um "estou cheia de sono, vou dormir".
- Amigo, precisas de mais algum sinal? Queres que ela te mande uma mensagem a dizer "foste enganado e traído"? Sai dessa. Pode ser boa amiga, mas não é boa namorada, ou boa mulher. Queres sofrer a sério? Queres bater mal? Se queres, continua com ela. Abre os olhos. A cama, com essa tipa, já não compensa. Vais acabar por te envolver ainda mais, ela vai ficar-se a rir e tu vais andar mal. Já agora... deixa-me adivinhar: o tipo tem papel?
- O gajo é contabilista e ganha muito bem. Por isso é que o tipo passa a vida a ir para aqui e para ali.
- "I rest my case"...
- Pois... gajas...
- Todas iguais. Todas materialistas. Dizem sempre "eu não sou assim, porque se fosse não estava contigo agora e estava com outro com dinheiro", "eu sou diferente das outras".
- Foda-se! Esta disse-me exactamente isso!!!
- Eu já sei a teoria feminina e devia escrever um livro sobre isso... só me falta é aplicar a teoria à prática e abrir os olhos de cada vez que me apareça à frente uma tipa dessas. Mulheres desse género apareceram-me à frente e eu pensei sempre "ok, esta tipa não presta", e mais tarde confirmaram que realmente não prestaram. O meu Tico ainda deu uns belos calduços ao meu Teco, aqui dentro desta minha cabeça oca, a ver se eu punha a cabeça a funcionar, mas nessa altura funcionou a cabeça de baixo e quando a de cima começou a pensar foi para concluir "ops, estou na merda e já é tarde demais". Amigo... hoje em dia é muito difícil encontrar uma mulher que preste. E as poucas que prestam estão a ser sodomizadas e maltratadas por gajos idiotas que não lhes dão o devido valor. Deixa lá... ajuda a equilibrar a balança.
publicado por diariodeumfrustrado às 22:51
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Sábado, 19 de Abril de 2008

203

Vi esta semana o caso do Inspector da PJ que resistiu a uma tentativa de carjacking, e acabou por perder dois dedos e ganhar algumas lesões no rosto. Não o censuro na opção feita em resistir à abordagem de quem acabou por disparar contra ele tiros de caçadeira. Este Inspector tinha duas hipóteses: resistir e, com alguma sorte, sobreviver, manter a sua viatura, deter o tipo e ainda acabar como herói lá do sítio; ou então deixar que o indivíduo em causa levasse o carro e teria praticamente a certeza que preservaria a sua integridade física e ser alvo de chacota no seu meio profissional, dado que certamente seria envergonhado pelos colegas com bocas do género "então tu és PJ, estavas armado e deixaste-te roubar?". Quase de certeza que enfrentaria algo do género. Teve que optar entre ser alvo de chacota por parte dos colegas, ou arriscar a sua integridade física. Optou pela segunda e podia ter sido ainda pior.
Como disse em cima, não o censuro. É muito complicado enfrentar a pressão que as pessoas colocam em cima umas das outras. Vi hoje de manhã outro caso disso mesmo. No canal Fox Crime deu um episódio sobre criminosos da história, e o de hoje era dedicado a um tipo que matava mulheres para depois ter relações sexuais com elas. Matou 6. Acabou por matar ainda a mãe pela educação que lhe deu e que muito contribuiu, alegadamente, para que ele fosse o ser que ainda hoje é. Matou também a amiga da mãe. Era um indivíduo classificado como superdotado e que já em pequeno havia assassinado os seus avós. Na prisão, ainda adolescente e quase na idade adulta, já tinha uma capacidade mental fora-de-série. No entanto, matou 6 raparigas por causa de um medo que tinha: tinha medo de ter relações sexuais com uma mulher, falhar e ser motivo de vergonha quer para com elas, quer para com a sociedade. Por isso preferia tirar-lhes a vida: o que quer que acontecesse jamais poderia ser testemunhado pelas mesmas.
Outro terceiro exemplo é o bullying. Algumas crianças e jovens chegam a ser autênticamente humilhadas e não conseguem lidar com essas situações no presente e no futuro. Acabam, alguns, por se tornar pessoas completamente insociáveis e o seu futuro e felicidade fica comprometido para sempre. Outros enlouquecem, ainda que mantenham o nível de sanidade mínimo para conviver em sociedade. Alguns, poucos, com alguma sorte e as pessoas certas do seu lado, conseguem ultrapassar estas situações e crescer condignamente.
Não quero defender, de forma alguma, que pessoas arrisquem as suas vidas, ou que se justifica alguém matar um terceiro pela pressão social. De forma alguma. Mas não tenhamos dúvidas que a sociedade em que vivemos vive repleta de instigadores, a maioria deles inconscientes, que acabam por dirigir a pessoa a um determinado caminho. A pressão social é das piores coisas que alguém pode enfrentar.
Recordo-me que durante parte da minha adolescência tive sobre mim a pressão de ter que tirar as notas máximas. Fazer um teste da escola e não conseguir tirar 100% já sabia que era motivo para ouvir um sermão no final do dia. Ter um teste a rondar os 95/96% não era suficiente. Tinha que tirar 100%. Nunca dei problemas aos meus pais em nada. Mas se algum dia surgisse, como surgiu várias vezes, um recado da professora primária a dizer que era um aluno irrequieto, agitado e sempre pronto na brincadeira, era o suficiente para haver intolerância, incompreensão e as acatar com as devidas consequências. A partir de certa altura, acabei por me tornar mais comedido na minha forma de ser, antes que levasse outro recado da professora para casa. Curiosamente, apesar de ser um aluno irrequieto, sempre fui o melhor da minha turma, até aos meus 15 anos. Conseguia trazer resultados, mas mesmo assim não era suficiente.
A partir de certa altura, emancipei-me. A pressão continuava a não dar tréguas, e se não tivesse começado a lutar contra ela a partir de certa altura, hoje era um tipo completamente insociável, porque tudo corria o risco de me ser vedado. Felizmente, consegui cortar as amarras. Mais tarde começou a surgir outro tipo de pressão: nos relacionamentos. Todos à minha volta com as suas namoradas, e a família a apertar no mesmo sentido. Comecei a ser apelidado, inclusivamente por alguns familiares meus, como sendo homossexual, porque não tinha amigas, só amigos, e não tinha uma namorada! Nunca apresentei uma namorada à minha família, com medo do que a minha parceira pudesse pensar de todos os que me rodeiam, e acabei por ficar com esta fama na família. Acabou por passar.
A partir de determinada altura começou a funcionar a pressão do "relógio biológico". Começo a ver toda a gente com alguém, namoradas ou mulheres, e eu sem ninguém. Cometi alguns "erros de casting" e fiz algumas más escolhas. Hoje, considero que estou a ter mais uma oportunidade na vida. Considero-me renascido de novo e acho que tenho algumas pessoas ao meu lado que me apoiam da forma correcta. As minhas más escolhas não são culpa exclusiva de ninguém. Pelo contrário, a última decisão foi sempre minha. O culpado fui eu. Fui fraco em alguns casos. Agora, nesta nova oportunidade de vida, espero continuar a manter o sangue frio e a fazer as opções certas. O tempo o dirá. Mas estou pronto para lidar com a pressão.
publicado por diariodeumfrustrado às 13:35
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Sexta-feira, 18 de Abril de 2008

202

Existe um fenómeno que se passa comigo desde há anos e que eu não consigo compreender. De início, as pessoas gostam de mim. Refiro-me a pessoas no geral. Aproximam-se, procuram meter conversa, etc. Depois, à medida que se vão dando comigo parece que vão perdendo o interesse. O curioso nisto tudo é que as pessoas admitem que sou um tipo inteligente, tenho boa conversa, etc, mas... de repente, passo a ser visto como se fosse terceira categoria. Será de ter sorriso fácil? Será de ter riso fácil? Será porque adoro recorrer à ironia? Será porque gosto bastante de falar? Será que afinal não dou uma para a caixa? Será que digo coisas tão, mas tão à frente, que ninguém as alcança e as pessoas ficam a pensar que eu sou do além? Porque é que, às tantas, as pessoas deixam de me levar a sério?
Não consigo aborrecer-me com as pessoas, excepto se for algo grave ou alguém que não conheça mesmo de lado nenhum. Tento ser o tipo porreiro que não é desagradável para quem lhe é próximo, mas parece que isso não é suficiente. Pelo contrário. Parece que me torna "dispensável" do ponto de vista dos colegas e pessoas próximas em geral.
Não percebo, realmente, o que motiva tudo isto, mas gostava de saber, sobretudo para poder mudar o que precisar ser mudado. Ainda vou a tempo. Quando for velho é que já é um pouco tarde...
publicado por diariodeumfrustrado às 22:36
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Domingo, 13 de Abril de 2008

201

Li esta semana na imprensa diária que foi apresentado um estudo que indica que o "gosto pelo flirt ou pela relação duradoura está-nos escrito na cara". De facto, este estudo revela que existem mesmo certos traços na nossa cara que dizem que tipo de pessoas somos a nível de relações. No entanto, creio que existem vários outros tipos de rostos que devem indicar não só se somos adeptos do flirt, como se somos adeptos de relações duradouras. Dou um exemplo: existem aquelas pessoas que os outros/as só vêem "como amigos" e nada mais se desenvolve, ou a desenvolver, acaba por morrer cedo. Existem, mesmo, pessoas que só são vistas para fins de amizade.
Se não é o tipo de rosto que explica isso, tem que haver outro factor que o justifique. Já fui defensor da tese das feromonas. Este tipo de gente que é visto só para amizade, deve produzir menos feromonas, ou então produz outro tipo de substância química que faz com que o "desejo", a "vontade" ou o "amor" de quem lhe está próximo, se retraia e não se desenvolva.
Tem que haver uma explicação para isso. Existem pessoas com muito potencial e muitas qualidades, até com alguma beleza, mas que não conseguem desenvolver uma relação amorosa com ninguém, nem sempre por falta de vontade.
Depois, existem outros que atraem o que não devem. Eu, confesso que atraio pessoas que não interessam a ninguém. Mas aí tenho tido um comportamento um pouco à Marilyn Manson: "I don't like the drugs, but the drugs like me". Ou seja, aproximam-se de mim pessoas que não interessam a ninguém que queira ter uma relação séria, antes apenas para dar umas voltas, e eu deixo-me ir. Não, não caio inocentemente. A culpa é de ambos: da outra parte por falta de personalidade e carácter, e a minha quota de culpa entra no momento em que penso "comigo vai ser diferente" e lhes dou uma oportunidade.
Culpas à parte, existem pessoas também, tal como eu, que atraem pessoas do mesmo sexo, sem ter a mínima vontade ou interesse em experimentar esse tipo de "open mind philosophy". Não são poucos os homossexuais e transexuais que se aproximam de mim, com o intuito de me seduzir ou quererem ter algo comigo. Digo, constantemente, que se tivesse o mesmo número de mulheres a aproximarem-se de mim, como tenho de gays, que teria muito por onde escolher e teria mulheres a toda a hora. Agora pergunto: o que há de errado comigo? Já me disseram que é por ter um ar muito masculino e que os homossexuais gostam disso. Também já me disseram que é a forma como me visto que não ajuda (tenho um estilo que varia entre o light grunge, o casual e às vezes, com jeito, o metro, mas nunca o smart casual). Eu simplesmente não estou interessado na comunidade homossexual, nem nunca estarei, mas eles andam constantemente atrás de mim! Tem que haver uma explicação para isto. Pode ser um misto das duas explicações que referi em cima, com uma terceira via: alguma substância química que produzo e que atrai este tipo de gente.
O que quer que seja, dêem-me o antídoto e coloquem-me no caminho certo: só preciso de uma pessoa para estar do meu lado, mais nada. Ainda por cima sou defensor da monogamia! Como o mundo anda hoje, acho que é uma qualidade rara.
publicado por diariodeumfrustrado às 13:33
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Terça-feira, 8 de Abril de 2008

200

Apesar de ter tido nos últimos tempos dias com poucas horas para tanta vida social e profissional, existem momentos em que me sinto sozinho. Existem dias em que faz falta uma companhia, alguém para estar lá, uma pessoa com quem partilhar os meus momentos, a minha vida, entre outras coisas.
Ao mesmo tempo que me dá esta triste solidão, logo me recordo da maior parte das pessoas com quem já tive uma relação aparentemente séria. E logo reajo com um:
- Uffffff!!! Que bom que é estar sozinho!
Não troco a minha "solidão" por nada. Por breves instantes é triste, mas rapidamente se transforma numa feliz solidão. Como eu prefiro estar sozinho, a estar mal acompanhado! Há muita gente por aí, e um dia bater-me-á à porta a pessoa certa. Acredito nisso. Acredito na princesa encantada. E acredito que temos que cometer alguns "erros de casting" para que quando ela surgir lhe possamos dar o devido valor e não a tratar como se fosse... mais um "erro de casting". Quando ela entrar na minha vida, terá direito a tudo o que uma mulher merece. Tudo de bom.
Até lá... prefiro estar sozinho! Minha rica solidão. O nosso primeiro e último amor, é o amor próprio. Amo-me a mim mesmo, e ainda sou bem correspondido! Enquanto "a tal" não surge, dou o melhor de mim... a mim.
publicado por diariodeumfrustrado às 21:16
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Sábado, 5 de Abril de 2008

199

A Mulher. Esse ser que tem alguns fenómenos quase tão incompreensíveis quanto o carro ou o computador.
Ontem fui tomar um copo com uma amiga minha. Conversa vai, conversa vem, e ela diz-me que tem tido um tipo atrás dela nos últimos tempos. A conversa que se seguiu foi basicamente esta:
- Então e porque é que não estás com o tipo? - perguntei.
- Não sei, nunca deu aquele clique...
- Mas qual é o defeito que ele tem?
(Repare-se no que se segue)
- Nenhum! A minha mãe diz-me que deveria apostar nele. Realmente, ele até é bem giro, tem um bom emprego e ganha muito bem!
- Aí estão os critérios das mulheres! Não é defeito, mas as mulheres têm uns critérios interessantes para escolher um homem: ser giro, ter bom emprego e ganhar bem.
- Ah! Mas isso para mim não é importante. É preciso que ele seja inteligente e tenha sentido de humor...
- E esse de que falas tem isso?
- Por acaso tem...
- Então porque é que não referiste isso como factor positivo, em vez do "bom emprego" e do "ganha muito bem"?
- Nem sei... calhou! Mas já viste os homens? Os homens têm como critérios elas serem giras e terem um bom rabo! - contra-atacou a minha amiga.
- Vamos ser sinceros, um "bom rabo" é algo que está inato na mulher e que a vai acompanhar sempre, quer ela trabalhe como empregada de limpeza, quer ela seja directora de uma grande empresa. O "rabo", "os olhos", "a boca", etc... esses continuam ganhe ela bem, ou ganhe ela mal. Bem... admito que o "bom rabo" com o passar dos anos passa a ser só "rabo", mas a base está lá! Não vês um homem que seja a referir que a mulher ganha bem e tem um bom emprego. Importa-lhe a mulher em si.
- Mas se elas não tiverem conversa...
- ... só vamos querer saber delas se tiverem atributos físicos que justifiquem e mesmo assim não dura muito. Por isso é que há por aí gente que hoje começa, amanhã acaba, depois recomeça com outra pessoa, etc. É preciso mais qualquer coisa do que "um bom corpo"... O problema é muitos definirem esse critério. Para muitos, se a parceira tiver a Revista Caras como único meio de leitura, gabam-se aos amigos que as mulheres lêem bons livros. Depois são aqueles casais que estão juntos no mesmo espaço físico, mas não têm conversa um para o outro e tu vês o gajo a olhar para outras, porque ela não tem argumentos para o prender, ou ela a ver montras de lojas.
- Bem... mas eu não sou assim! Falei do trabalho e do salário apenas por falar. Eu não sou como a maioria das mulheres. Sou diferente e tenho critérios diferentes.
- Desculpa lá mas... isso é o que dizem todas. São todas diferentes e vendem uma imagem fantástica, o problema é quando acaba o período de venda... Mas não te preocupes, eu sei que isso do dinheiro e do trabalho não é nenhum defeito. Já é uma característica natural que vos está inata e vos acompanha a vida toda. É como a história do "rabo": sejam ricas, ou pobres, tenham um bom ou um mau emprego, vão sempre ter um rabo que vos acompanha.
publicado por diariodeumfrustrado às 13:09
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Sexta-feira, 4 de Abril de 2008

198

Tenho negligenciado este meu cantinho, é verdade. Mas tem sido por uma boa causa. Finalmente tenho vida, finalmente estou feliz, e finalmente aproveito tudo o que tenho. Finalmente a minha vida ganhou um rumo. O sol que tem brilhado nestes últimos dias corresponde ao que a minha vida tem sido.
Com mais tempo e mais calma, virei cá contar as novidades. Até lá, é difícil. Tenho vida (física e enérgica) e estou muito feliz por isso. Acho que já merecia!
publicado por diariodeumfrustrado às 19:36
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