Quando uma equipa não atinge os "mínimos olímpicos", a primeira cabeça que rola é a do treinador, depois a dos jogadores e, enfim, a do presidente.
Já mudei de treinador éne vezes, já gastei rios de dinheiro em novos jogadores pelo que falta apenas demitir o presidente que é quem toma a decisão final nos destinos do clube. Com a demissão do presidente, resta-me, simultaneamente, declarar falência e, desaparecer do mapa, ou começar de novo, mudando tudo na estrutura do clube.
Tenho sentido uma vontade enorme de acabar com tudo. As hipóteses não são muitas:
1- viver neste estado comezinho até ao fim dos meus dias, com o emprego do costume e em modo lonely cowboy, sem paraíso à vista;
2- largar tudo, desaparecer daqui, começar de novo e, quiçá, encontrar uma nova razão de viver, a qual me foge há muito tempo.
A diferença entre o "largar-tudo-e-nascer-de-novo" e o suicídio é escassa e as semelhanças são mais que muitas, mas destaco apenas uma: em qualquer um destes métodos camusianos o ser do presente morre e não mais regressa ao mundo dos vivos. Como sou adepto de 8 ou 80 e não do 40, a hipótese de radicalizar, matar ou morrer, dá-me novo alento, mais do que qualquer outra de "tentar mudar" ou "descobrir o que está errado".
O método escolhido no início de vida, ainda que inconsciente, falhou, pelo que tenho que assumir as minhas responsabilidades por isso. Falta a coragem definitiva, porque este clube ainda tem alguns sócios fervorosos, aos quais chamamos "família", que vibram com os desempenhos do clube mesmo quando este sofre goleadas atrás de goleadas e vegeta nos distritais. No entanto, alguma coisa tem que ser feita. Vamos ver quando.