Sábado, 22 de Março de 2008

192

A Q. foi uma pessoa que ocupou uma função muito importante na minha vida, durante quase 3 anos. Conhecemo-nos em situações adversas. Ela era casada, mais velha, mas via o marido como um "irmão". Sentia-se muito sozinha e carente por alguém que realmente pudesse amar. Não se queixava do marido que a amava, mas queixava-se de não o conseguir amar a ele.
A carência é um estado muito crítico e sensível. Não a censuro, nem censuro as pessoas que sintam carência.
Conhecemo-nos e acabámos por nos envolver. Só ao fim de alguns meses houve contacto mais íntimo. Até lá havia muita conversa, partilha, afectos, etc. Ela ser casada cedo me trouxe problemas de consciência, o que me levou a terminar as coisas bastante cedo. Se ela era casada, para quê alimentar algo que era errado?
Estivemos três meses sem contacto. Foi uma decisão acertada. Ao fim de três meses, a Q. voltou a contactar-me. Palavra puxa palavra e quando demos conta... voltámos ao mesmo. A partir daí não deixámos mais o contacto um com o outro. Como é natural, disse-lhe que não iria continuar com ela, estando ela casada. Decidiu, ao fim de algum tempo, comunicar ao marido que não pretendia continuar mais com ele.
Houve um largo período de muita confusão, porque ele não se importava com a situação, mas apenas queria continuar com ela, para poder manter a família toda junta. Ao mesmo tempo incomodava-me saber que partilhavam o mesmo espaço juntos e outras coisas mais.
Por diversas vezes tentei desligar dela, mas ela voltava sempre à carga. Não conseguia desligar-se de mim.
Havia algo nela que me perturbava: a crise de confiança e falta de amor próprio. Durante todo o tempo que estivemos "juntos" referia constantemente que possivelmente não merecia ser amada, que não gostava de si, que devia ter tido a atitude de deixar o marido quando nova, porque de certa forma sempre foi infeliz toda a vida, por estar com uma pessoa que não amava, etc. Tomava vários fármacos para tentar diminuir a ansiedade, a dor, e para poder ter algum sossego. Por várias vezes tentei transmitir-lhe confiança no futuro, que tudo ia correr bem, e que a amava. Nunca era suficiente. Cheguei a fazer diversas vezes mais de 60km de táxi só para poder estar com ela 10/15 minutos. Tentei provar-lhe que merecia ser amada, e que estava na altura de deixar que isso acontecesse.
Golpeou-se diversas vezes, deixando marcas no seu corpo, tal era a frustração que sentia ao lidar com estas crises de falta de amor próprio. Chegou a afirmar que não merecia viver e que iria descansar para sempre. Nesses momentos desligava o telemóvel e desaparecia. Eu ficava impotente para poder fazer alguma coisa, dado que tinha a família dela em casa e não podia colocá-la em risco caso algo não tivesse de facto acontecido.
Compreendo aquilo que ela sentia. Compreendo o vazio e a frustração. Já senti várias vezes o mesmo que ela sentiu.
Ao fim de mais de dois anos, as coisas parecem começar a resolver-se para o lado dela. O marido acabou por sair de casa, e começámos a ter mais tempo para estarmos juntos e podermos permitir que a nossa relação se desenrolasse. No entanto, ao fim daquele tempo todo, a nossa relação já tinha atingido um desgaste tal que me fez questionar diversas vezes se valeria a pena avançar. Ela tinha problemas, eu tentei ajudá-la, mas nunca consegui. Como seria dali para a frente? Algumas crises continuavam... e comecei a perder o sentimento que durante muito tempo nos uniu.
As coisas acabaram naturalmente. No entanto, gostaria de destacar que muito aprendi com ela, e que foi, possivelmente, a pessoa mais correcta, mais honesta, mais pura e com maior vontade de amar, que conheci até hoje. Tenho mesmo muita pena por não conseguir mandar no coração. Apesar de mais velha, é uma pessoa com um interior lindíssimo e puro, e merecia, sinceramente, ser feliz. É graças a ela que ainda hoje acredito que as mulheres não são todas iguais, e que ainda há por aí algumas mulheres de jeito, dispostas a fazer tudo pela sua felicidade, por amor e pela felicidade de pessoas à sua volta. A Q. marcou-me, entre outras coisas, essencialmente por isto: é um exemplo para todas as que por aí andam e se portam mal. Apesar de ter sido uma relação muito tortuosa, só lhe tenho a agradecer o facto de ter estado na minha vida e de ainda hoje me fazer acreditar que é possível conhecer uma mulher como deve ser. Só tenho a desejar que seja feliz. Não merecia sofrer, nem tão-pouco ser tão só como é. Teve ainda outra coisa muito boa: esteve presente muitas vezes, em momentos-chave da minha vida e nunca me mentiu ou ocultou o que quer que fosse. É um exemplo de carácter e integridade.

P.S.: Agora sim, esgotei todas as histórias sobre relações sérias que tive.
publicado por diariodeumfrustrado às 13:32
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190

Ser feliz. Foi tudo o que eu sempre pedi. Nunca pedi dinheiro. Nunca pedi um carro. Nunca pedi ouro. Nunca pedi nada. Apenas pedi para ser feliz. Nunca o fui, e não sei quando o conseguirei ser. Tenho este sonho desde sempre e o que é certo é que sofro cada vez mais. O vazio é grande, e o sofrimento e a dor maiores ainda.
Tudo o que peço desde muito novo é... ser feliz. Parece que peço demais. Não me acho má pessoa, acho-me com bom fundo, nunca quis fazer mal a ninguém, nunca fui de confusões ou de maldades. No entanto, pela minha vida sempre passou muita gente má. Algumas boas, mas muitas más. Há pessoas que não têm noção do quão más conseguem ser.
Não sou mau tipo. E tudo o que quero é ser feliz. Pobre, mas feliz. Sem roupa no corpo, mas feliz. Só quero ser feliz... e quanto mais sonho com a felicidade, mais sofro. Não percebo, mas faz-me muita confusão. Afinal, que mal tão grande foi esse que fiz para estar assim?
publicado por diariodeumfrustrado às 00:13
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Quinta-feira, 20 de Março de 2008

187

Hoje falarei do único relacionamento que nunca falei neste espaço até aos dias de hoje. Tinha os meus motivos. Agora creio que está na altura de o fazer. É a Q., com quem estive quase três anos e que, como as que passaram pela minha vida, deixou as suas marcas. Logo, com mais tempo, falarei da Q..
publicado por diariodeumfrustrado às 07:35
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Terça-feira, 29 de Janeiro de 2008

137

O que me faz "abanar" nestes episódios infelizes com a B. é o facto dela me esconder estas coisas que aos seus olhos ela quer fazer crêr que são pequenas, mas são violações de privacidade de primeiro grau por parte do outro tipo! Ele tem-lhe feito das boas e irrita-me ainda mais que ela me diga, como aconteceu há poucas horas atrás: "falas dele como se fosse um criminoso". Sim, ele é um! No meio disto tudo, a B. ainda consegue ver um mínimo de bondade nele e faz-me sentir como se eu ainda fosse a pessoa com mau fundo que vê maldade em toda a gente, quando este tipo não é um simples "ex" por quem se sente um ciuminho básico, mas é um tipo mesquinho, maldoso, manhoso e mafioso que lhe fez muitas e continua a fazer!
Ontem e hoje voltaram a acontecer das boas. Ela alegou que tinha bloqueado o ex do MSN e que tinha acabado com perfis, etc. Qual não é o meu espanto quando dou conta que ele afinal estava "desbloqueado", vivo, e que ela tinha um perfil misteriosamente escondido aí pela net, com um e-mail que ela alegou só eu saber que existia.
Confrontei-a com os factos e diz que é praticamente impossível ele ter tido conhecimento do e-mail dela, mas que podia ter acontecido, que nunca criou nada, e só pode ter sido outra pessoa, etc. Ou seja, com ela tem acontecido um sem número de acontecimentos que tinham a probabilidade de 0,0001% de acontecer ao comum dos mortais! A ela não só acontecem essas baixíssimas probabilidades, como ainda acontecem em catadupa, umas atrás das outras! Só não lhe sai o Euromilhões!
Queria que todos compreendessem que tudo o que eu tenho é a palavra dela. Contra todas as probabilidades e factos que já vi, como aquele e-mail, eu tenho acreditado na palavra dela e acreditado que realmente é aquele tipo que está por detrás de tudo isto, e que ela tem tido mesmo muito azar quando estas coisas todas aconteceram. Mas... ou se tomam medidas radicais, ou então qualquer dia não precisarei de ver o que quer que seja e já duvidarei da palavra dela. Acreditem, é extremamente difícil acreditar "apenas" na palavra de uma pessoa, quando temos tanta improbabilidade junta! Eu tenho acreditado nela! Porque acredito que ela está realmente inocente.
Confrontei-a hoje com o facto desta confusão toda ter que acabar de uma vez por todas, sob pena de deteriorarmos a nossa relação. A B. concordou, alegando que tínhamos que resolver isto juntos. Concordei, como é óbvio. O que não estava nos meus planos era que quando nos encontrássemos há bocado, depois de tanta conversa, a B. me viesse dizer que queria que o ex-marido fosse uma referência para a filha, porque, afinal, sempre era ele o pai da criança. Não é que discorde disso mas... que exemplo vai a filha ter? Um tipo que já fez um filho a outra e a deixou à sua sorte, e que agora usa a filha para atingir a mãe, e faz-lhe de tudo, que exemplo terá esta criança? Que referência é esta? Creio que mais vale não ter nenhuma referência, do que ter uma má referência. A B., teimosa como é, acredita que o pai deve ser uma referência, sujeitando-se e sujeitando a filha aos caprichos deste tipo.
"E tu não fizeste nada?", perguntam vocês. Claro que fiz! Já me cheguei muitas vezes à frente, dizendo que ela não criará a filha sozinha, que eu estarei do lado dela em tudo e que a criança terá boas referências e crescerá num ambiente saudável. Disse ainda à B. que sabe o que pode esperar de mim. Sabe com o que pode contar da minha parte. Sabem qual foi a resposta dela, depois disto tudo?, depois de ter avançado para fazer a minha vida com ela e poder ser eu uma referência para a filha dela? Pois bem, aqui se segue o que a B. me disse:
- Acho que tenho que estar sozinha para resolver os meus problemas e que a nossa relação devia ficar por aqui enquanto não os tiver resolvidos.
Aqui está o que posso dar à B.: nada! Porque se realmente pudesse dar alguma coisa, ela não me responderia isto.
Discutimos, para não variar, sobre tudo isto e ficámos na indefinição sobre o que fazer. A B. não sabe o que quer, e não conseguiu dizer que me queria do lado dela para sermos uma família e podermos ser felizes. Não. Só conseguiu dizer que sabia o que queria mas que temos modos incompatíveis de agir e estar em certas situações. De repente caiu-lhe a moeda e começou a ver um sem número de coisas que não via antes! Até me chegou a dizer, por outras palavras, que entre nós tudo avançou depressa demais!
Eu dei um tempo à B. para me comunicar o que quer e o que vai fazer. Esse tempo está a terminar. Não lhe disse quando era, mas ela vai receber notícias minhas. Quando uma pessoa quer muito alguém, e criar estabilidade para que uma criança de 2 anos cresça como deve ser, sabe o que tem a fazer, e decide rápido, não fica a pensar... Quem muito pensa, não sabe o que quer, nem o que fazer. E eu digo, desde já, que se a B. deixa o comboio passar, um dia vai lamentar-se muito:
- porque não conseguiu uma boa referência masculina para a filha, e lhe arranjou um péssimo cenário;
- porque deixou passar a oportunidade da sua vida de poder ser realmente feliz.
E eu até digo que, se a B. perder o comboio comigo, vai voltar para o pai da filha dela mais dia menos dia, porque além de ser pai dela, tem condições financeiras para sustentar a criança como deve ser, ainda que seja um mau exemplo de personalidade. Se a B. perde o comboio e não avança para a nossa felicidade e para a felicidade da filha dela, que não volte um dia mais tarde, porque a porta estará fechada. Por muito que me venha a doer, a porta estará, realmente, fechada! Estamos a falar de uma criança de 2 anos, que ainda não se apercebe das mudanças na sua vida, e que ainda pode crescer sem complexos. Não estamos a falar de uma criança de 8, 9, 10 ou mais anos, que já tem alguma noção da realidade. A B. continua a querer fazer com que o pai seja uma boa referência para a sua filha, mas não é por ela muito querer que isso será uma realidade.
publicado por diariodeumfrustrado às 22:15
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Domingo, 27 de Janeiro de 2008

134

Estou completamente de rastos. Estou a tentar escrever este post... porque ainda estou chocado e em sérias dificuldades... Eu sabia a password do e-mail e do hi5 dela (sim, eu punha orkut para proteger a privacidade das pessoas), não porque a tivesse conseguido através de meios menos próprios, mas porque ela mas tinha dado há umas semanas atrás, dizendo que nada tinha a esconder, etc. Por maior que fosse a curiosidade, nunca entrei no e-mail pessoal, nem no hi5 dela, por uma questão de respeito. Respeitei sempre a privacidade e intimidade dela e sempre achei que estaria a invadir o espaço dela.
Depois desta semana esquisitíssima, conforme relatei no post anterior, hoje, dia 27 de Janeiro de 2008, foi o dia em que pela primeira vez acedi ao hi5 e ao e-mail dela. No hi5 vi um comentário feito por ele a ela. No e-mail estavam vários e-mails dele para ela, mas destaco um, escrito no passado dia 23 de Janeiro de 2008, 4.ª feira:

"(link para uma música romântica)
Houve so o primeiro minuto desta musica.
Eu proprio poderia dizer.te estas coisas, mas e melhor assim, e mais sentido.
 Desisti de nos B., definitivamente, segue a tua felicidade que eu vou a procura da minha....
 Tu dizes isto e aquilo, mas o certo e que nada bate certo nas coisas que tu dizes!
 Tiveste todas as oportunidades de mudares o que tinhas que mudar, mas para ti nunca foi importante o que eu sentia ou sinto.
 E completamente imcompreensivel dizeres que me amas e eu ver as fotos tuas e dele juntinhos e felizes, continuarem com os comentarios de amor, com o estado de comprumetidos, entre outras muitas coisas, sinceramente acho isso um gozo completo com a minha cara.
 Como te disse, tiveste todas as oportunidades, se nao quiseste e porque o teu sentimento falou mais alto, orque ele vale muito mais a pena, enfim... porque quiseste assim.
 De qualquer forma quero continuar.e a dar bem contigo porque temos uma filha em comum, mas os nossos assuntos iram restringir.se somente a nossa filha, coisas como ontem a tarde e vires ver o meu pc, de me estares a abracar e dar beijos, etc..., acabam porque nao fazem sentido.
 Acho que compreendes isto perfeitamente...
 Beijinhos e fica bem."

Além dos erros de português que faço questão de destacar (o que só prova que não basta ser-se inteligente e algum sentido de humor para fazer com que alguma mulher o ame, como é o meu caso), destaco o conteúdo. Segundo conta, através do e-mail dele, no passado dia 22 de Janeiro (pelo menos), ela esteve com ele, abraçou-o, beijou-o e disse que o amava. Ele reclama das nossos fotos, comentários, estado civil dela, etc. Pois não deve ser com surpresa que vi ontem o hi5 dela sem as nossas fotos e com o estado "Digo-te depois". Ela jurou a pés juntos que devia ter sido ele a entrar no perfil dela e a alterar aquilo tudo, mas pareceu nem dar muita importância ao ocorrido.
Hoje tudo faz sentido. Estou ainda chocado... desfeito... surpreendido (ou daí até nem muito).
Dei-lhe a oportunidade de falar a verdade. Liguei-lhe. Perguntei-lhe:
- Tens falado com ele?
- Só sobre a nossa filha.
- Só sobre ela? De certeza?
- Sim, claro. Que mais poderia eu falar?
- Ele tem-te chateado com as conversas do costume?
- Não! Nunca mais me disse rigorosamente nada.
- Sabes B., uma coisa é ele falar comigo ao telefone e dizer as coisas que tu sabes que ele disse, e mandar-me um mail a dizer essas mesmas coisas. Poderá ser uma tentativa de criar instabilidade. Mas outra completamente diferente é ele enviar-te um e-mail a ti, cujo acesso só pode ser feito por ti, com o seguinte conteúdo... (li-lhe o e-mail que aqui acabei de copiar).
- Não acredito que aquele filho da puta fez isso!
- Não chames filho da puta ao rapaz, porque este, pelos vistos, não tem culpa nenhuma. Tu é que eras comprometida comigo e fizeste das boas...
(falei sempre com a B. de forma muito calma, em vez de partir a loiça toda e fazer figura de namorado traído, que realmente acabo por ser)
- Tu sabias que ele ia fazer de tudo para acabar com a nossa relação e com a minha vida!!! Eu nem lhe respondi aos e-mails!!!
- Pois, mas podias ter-me falado da existência deles, e não falaste.
- Porque não dou importância nenhuma a isso!!! Não ligo ao que ele diz!!!
- Não? Querem ver que tu não dás importância a e-mails com conteúdo romântico, enviados pelo teu ex-marido, quando contactas com ele diariamente e quando ele é praticamente o único motivo das nossas discussões? Isto é uma coisa sem importância? Uma coisa é ser um tipo qualquer a meter-se contigo, e mesmo isso devia ser comunicado, e outra é ser a pessoa que é a fazê-lo.
- Mas eu não via importância nenhuma nisso!!!
- Não? Nem podias apagar as mensagens? São assim tão importantes para ti? Tu chegaste a ler mensagens dele e a escondê-las de mim, que eu dava conta disso, mudaste o hi5 por causa dele, fizeste isso tudo e mais! Porque é que não foste sincera comigo?! Porque é que não contaste a verdade? Eu dei-te uma oportunidade e no dia 19 de Dezembro, quando oficializámos a nossa relação, eu avisei-te que só terias uma oportunidade... e tu decidiste desperdiçá-la.

No meio de prantos, continuou a negar o conteúdo das mensagens dele. Mas... como pode ser mentira se foi enviado directamente para ela, ela sabia e nunca me contou nada, etc? Como?
Nunca mais vou esquecer este dia 27 de Dezembro de 2008, nem este post 134. A todos os que me lêem, tenho aqui a prova em como nunca se pode confiar em ninguém. As pessoas são falsas, mentirosas. Depois de nunca ter dado uma segunda oportunidade a praticamente ninguém e de me ter equivocado quando dei a segunda a uma ex-namorada minha de há sensivelmente 2/3 anos, não vou voltar a equivocar-me dando uma segunda oportunidade a alguém que me faz isto. A B. sabia tudo o que eu passei. Tudo o que aqui está escrito, eu contei à B., porque, afinal, é a história da minha vida (fora outras coisas que ainda terei que escrever para aqui, que lhe contei a ela e que fazem parte da minha vida). Abri-lhe o livro da minha vida, falei a verdade. Ela sabe o que eu passei. Sabe o que já sofri. Sabe que sempre fui sincero. E faz-me uma coisa destas... Estou desfeito. É esta a melhor expressão para me definir actualmente. A B. sabe o que passei e ia passando por ela. Apresentei-a ao meu núcleo duro de amigos. Ela nunca me apresentou a ninguém. Nem mesmo quando na 6.ª feira disse que estava a chegar à casa dela, entrou logo em pânico. Possivelmente devia lá estar o outro. Ou então tinha um pânico enorme que alguém na casa dela soubesse da minha existência.
Ouvi bocas de toda a gente e mais alguma, a dizerem-me que ia ser pai da filha de outro tipo. Eu sempre rebati dizendo que a criança tem um pai e eu seria como um tio para ela. Sempre me disseram que ia andar com uma tipa com uma filha, que ia eu cuidar do que deveria ser outro a cuidar, que eu ia arranjar problemas e dores de cabeça. E eu sempre a dizer que a AMAVA e que tudo fazia para poder ficar com ela. Que a criança não tinha culpa das coisas terem dado errado entre os pais, e que poderíamos juntos ter todos uma história. Gozavam, não com ela, mas com a terra onde ela vive. Ela vive longe. Vive praticamente numa aldeia pequena. As bocas que eu ouvi por causa disso! Que me ia meter com uma tipa do campo, e que o meu futuro seria a pastar ovelhas com ela. As bocas que eu ouvi por causa da minha relação com ela. Aos poucos estava a conseguir atenuar tudo isso, mas estava a conseguir ultrapassar porque a AMAVA.
Porra... porque é que a B. tinha que fazer isto comigo? E porque é que lhe custa tanto admitir o que fez? Não a quero ver mais à frente. Não há segunda oportunidade, até porque se houver é sinal que sou fraco. A B. que seja feliz... com o ex-marido, com outro qualquer, mas longe de mim. Bem longe. Até lhe posso perdoar o que fez, mas continuará a nunca existir segunda oportunidade.
publicado por diariodeumfrustrado às 12:05
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Quarta-feira, 26 de Dezembro de 2007

122

O mesmo I. do post anterior tinha uma namorada há alguns anos, por quem era muito apaixonado. Fazia tudo por ela e chegaram mesmo a viver juntos. A coisa não funcionou, e não queriam estragar o que tinham, por isso decidiram voltar a viver cada um na sua casa.
A namorada do I. queixava-se constantemente do assédio de que era alvo por parte de um ex-namorado. Ela mostrava-lhe mensagens dele, telefonemas, etc e dizia que nem lhe dava confiança para chegar a este ponto. Dizia que o desprezava, mas que ele era insistente e que o I. tinha que fazer qualquer coisa.
O que o I. não sabia é que ao mesmo tempo que ela namorava com ele e fazia este papelão de mulher fiel, alegadamente também namorava com o outro tipo de quem tanto se queixava e dizia-lhe que era alvo de assédio por parte do I. e que isto tinha que ser resolvido.
Eles bem tentavam telefonar um ao outro para se poderem intimidar mutuamente, mas ela não deixava, porque dizia que pelo telefone não se resolvia nada. Tinham que se surpreender pessoalmente. O objectivo dela era esse: ter dois homens à pancada por sua causa... Vá lá que os dois foram inteligentes e perceberam a jogada. No entanto, nenhum dos dois foi mais inteligente do que o outro, dado que, tanto quanto sei, voltaram a namorar com ela.
Não o vejo há alguns anos, e não sei se hoje ainda continuam nesse filme.
publicado por diariodeumfrustrado às 11:09
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121

Tenho um antigo colega de escola que tinha bastante azar na vida, atendendo a alguns episódios por ele vividos. Vamos chamá-lo de I. Uma vez estava ele com vários colegas de trabalho, quando se cruza com ele um conhecido que temos em comum. Convidou-os para beber uns copos. Eles podiam pedir e beber o que quisessem, que ele pagava tudo. Tinha recebido dinheiro, já não sei se do trabalho, se de outro lado qualquer, e queria festejar.
Pediram, pediram, pediram e beberam que se fartaram. Eram aproximadamente dez pessoas. A dada altura, esse conhecido que temos em comum, chamemo-lo P., diz:
- Esperem aí, que vou ali ligar à minha mãe, para avisar que vou jantar mais tarde.
Estamos a falar de um tipo que na altura já tinha os seus 29/30 anos. Ele foi fazer o telefonema e ainda hoje está pendurado no telefone. Mas pendurados, pendurados, ficaram eles, que ao fim de algum tempo de espera que ele voltasse, perceberam que ele se tinha ido embora. Não sabiam onde ele morava, nem tinham o telefone dele. Acabaram por pagar a despesa e as bebidas que o P. consumiu também.
publicado por diariodeumfrustrado às 10:53
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Sábado, 22 de Dezembro de 2007

117

Estava eu ainda na Faculdade e num dos seus corredores, quando vem uma aluna a andar tranquilamente e desmaia mesmo à minha frente. Não, não foi por me ver e acreditei que não tivesse sido por isso, até porque não sou nada de mais! O que é certo é que a rapariga caiu ali aos meus pés, mas sem reacção.
Fui ajudá-la a levantar-se, e fui tentar ver o que se passava com ela. Meio inconsciente disse que eram ataques de pânico e que os tinha com alguma frequência. Ajudei a rapariga a sentar-se num dos bancos da Faculdade e uma funcionária que viu o episódio foi buscar-lhe um copo de água.
A rapariga de imediato começa a pedir para ligar ao namorado que estudava ali ao lado, para que a fosse buscar, porque o resto do dia já lhe ia correr mal. A funcionária perguntou-lhe se não teria epilepsia e ela disse que estava a fazer exames para saber se era isso.
Como a rapariga me pediu para ligar ao namorado, eu, que detesto invadir malas alheias (não tenho jeito para roubar como se pode ver), tive que colocar a minha mão naquele pedaço de mundo feminino que é... a mala. As malas de mulher têm tudo, mesmo de tudo, e até o que não se consegue imaginar.
Lá consegui descobrir o telemóvel. Perguntei-lhe:
- Como é que se chama o teu namorado?
- Fofinho! - respondeu ela.
Ainda incrédulo quanto ao que tinha acabado de ouvir, pergunto:
- Desculpa?!
- Fofinho! - repetiu - O meu namorado chama-se Fofinho.
Lá vou eu ao telemóvel e confirma-se a existência de um "Fofinho". Pergunto à moça:
- Como é que se chama o Fofinho?
Enquanto pergunto isto, ela volta a sentir-se mal e não me responde... É urgente chamar o Fofinho! Ligo-lhe:
- Estou?
- Olá! Desculpa, mas... - disse eu, quando sou interrompido...
- Quem é que está a falar?! Quem é que tem o telemóvel da minha namorada?! Quem és tu?! - respondeu um namorado furioso e ciumento.
- Calma!!! Estou aqui com a tua namorada...
- Estás com ela?! Mas quem és tu?! Porque é que estás com ela?!
- Ouve... não a conheço de lado nenhum! Nem sei o nome dela... Ela desmaiou, teve um ataque de pânico e pediu que te ligasse! Está na Faculdade!
- Ah!!! Estou a ir para aí então!
Livrei-me de um namorado ciumento e furioso que teve muito pouco de Fofinho comigo, e acabei por não o confrontar com o nome. Ele lá chegou, e levou-a dali possivelmente para a sua casa. No entanto, há que destacar o facto de ninguém se ter aproximado para ajudar e alguns rapazes ainda terem aproveitado o facto da menina bonita estar de mini saia para lhe tentarem ver a totalidade das pernas. Isto aconteceu e, mais uma vez, comigo.
publicado por diariodeumfrustrado às 12:54
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Quinta-feira, 20 de Dezembro de 2007

116

A época do Natal recorda-me várias coisas. Tenho boas e más recordações do Natal. Curiosamente, até tenho mais boas do que más. Mas há uma que certamente jamais me esquecerei: aquela em que entalei o meu pai sem querer.
Por entalar, não é que o tivesse feito numa qualquer porta e achasse isso suficientemente significativo ao ponto de o trazer para o meu diário. Refiro-me a outro tipo de "entalar".
Estávamos nós no início das chamadas "linhas de valor acrescentado", quando os prefixos ainda eram 506 para Grande Lisboa e Porto e 0670 para o resto do país. Lembram-se? Pois eu sim. Eu tinha por volta de uns 11/12 anos. A minha mãe comprava a revista Maria e trazia lá diversos números destes. Um deles era o Tele Encontro, nunca mais me esqueço. Um anúncio a preto e branco numa página colorida da revista.
Comecei a ligar para lá, e às tantas tornei-me de tal maneira expert na matéria que acabei por descobrir como poder ter acesso às caixas de correio de terceiros e ler os seus recados. Não era difícil. Se não estou em erro, bastava inserir a nossa referência de x digitos e íamos dar à nossa caixa de correio. Marquei alguns números ao calhas e fui dar à caixa de um Marco, com 21 anos na altura. Acedendo à caixa dele, descobri que havia uma tipa cujo nome não me consigo recordar, mas com uma voz muito sensual e também com os seus 21/22 anos.
Tirei o número de telefone que ela havia deixado na altura e liguei-lhe. Nem me lembro de que região do país era. Liguei-lhe. Ela estranhou a minha voz, e perguntou-me se tinha mesmo 21 anos. Disse que sim, mas que estava constipado, daí a voz estar estranha. Um puto daquela idade a dar a volta a uma tipa de 21/22 ("começou cedo", devem estar alguns a pensar). Ela acreditou e começou a trocar ideias comigo. Por incrível que pareça hoje tenho pena do Marco. Ainda bem que lhe fiz isto. Como é que o Marco ia aguentar uma tipa de 21/22 anos que levava conversa de um miúdo de 11/12 e se sentia satisfeita e completa? Que podia eu falar com ela com aquela idade, além de desenhos animados, de Ciências Naturais e de jogar à bola com os amigos na rua?
Ela gostou do que eu tive para lhe oferecer e ligava-me para casa no horário que eu lhe indicava. Dizia que raramente estava em casa por causa do trabalho (não me lembro o que é que eu lhe disse que fazia), sem que ela soubesse que era por causa dos meus pais que não iriam achar graça ao facto de saberem que a minha primeira grande namorada tinha 21/22 anos e que eu tinha passado a chamar-me Marco.
Na altura tinha gravador de chamadas. A vontade de falar comigo era tanta, que ligou-me mesmo fora do horário que lhe disse. Curiosamente, não estava ninguém em casa. Mas a primeira pessoa a chegar era a minha mãe que ouviu o seguinte recado pronunciado por uma voz sensual: "Olá. Liguei só para poder ouvir a tua voz. Tenho saudades tuas. Tchau Marco, um beijinho".
Na altura as coisas já não eram famosas aqui em casa entre os meus pais, e a minha mãe ao ouvir aquilo a primeira coisa que pensou foi que "Marco" era um código para parecer que era engano e que quem estava a ligar era uma possível amante do meu pai. Eu quando ouvi aquilo ia congelando. Vi a minha mãe furiosa, mas como é que eu lhe ia explicar que ao fim de alguns dias ia receber uma conta do telefone de 25 contos?! O que é que a deixaria pior? Saber que o Marco era eu, ou saber a conta do telefone que estava a caminho? Com o medo da reacção, até porque a minha mãe não era muito dada a conversas e resolvia os problemas à moda antiga, decidi ficar calado.
A minha mãe acabou por confrontar o meu pai com aquela situação. O homem jurou a pés juntos que não tinha nada a ver com aquilo, que não sabia quem era o Marco, nem quem era a tipa. Discutiram e aquilo chegou a tal ponto que acabei por ter sangue frio, depois de encorajado pela minha irmã, para lhes contar a verdade! Não me bateram porque o meu pai só me tocou uma vez na vida e estava com a minha mãe nessa altura. Mas isto deu direito a um pedido de desculpas de todo o tamanho e, como a conta chegou entretanto e estávamos na altura do Natal, fiquei sem prendas para que se pudesse pagar a conta.
publicado por diariodeumfrustrado às 20:27
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Sábado, 15 de Dezembro de 2007

111

Decidi responder ao apelo do/a "ja", relativamente ao comentário que me deixou no post 109.
Não sou um sacana "sem coração", pelo contrário. Já tive coração a mais, quando fazia falta apelar à razão. Lembro-me o "Hino à Razão", de Antero de Quental, que nos diz:

Razão, irmã do Amor e da Justiça,
Mais uma vez escuta a minha prece.
É a voz de um coração que te apetece,
Duma alma livre só a ti submissa.

De facto, há que equilibrar a razão e o coração, sabendo quando utilizar cada um em cada situação, por vezes afigurando-se necessária a imposição de certos limites, em situações que o justifiquem, claro. Quando nos estamos a magoar, para quê insistir em dar ouvidos ao coração? Será positivo que nos continuemos a retalhar? Para quê? Para ficarmos piores? Por outro lado, para quê insistir em racionalizar sentimentos quando a situação pede emoção? Por exemplo, actualmente com a B., faço um esforço para não racionalizar aquilo que é objectivo, sentido e... é um sentimento bonito! Para quê complicar o simples, o belo, a felicidade?
Não posso considerar que tivesse tido um harém. Também nunca fui "um garanhão". Nunca seduzi ninguém, mas já fui mais libertino, mais aventureiro. Fui assim quando era mais novo. Aliás, é suposto que o ser humano seja feito de evolução, progresso. Por exemplo, alguns nunca conseguem sair da casa da mãe, não evoluem nesse aspecto e mantêm eternamente a dependência. Outros com 30 ou 40 anos, ainda gostam de andar "nas curtes", a "viver a vida", com o mesmo lema de quando tinham 15 e 16 anos. Existem imensos outros casos. Ora, o ser humano tem que evoluir, progredir, adaptar os seus princípios à medida que vai avançando. Certas coisas devem manter-se: o espírito jovem, por exemplo. Mas outras é necessário que se adaptem, ainda que mantendo algumas características basilares.

No meu caso, já fui um tipo que teve algumas mulheres, mas tive na altura própria, quando queria aventuras, andar por aí a aproveitar a vida, etc. Nunca iludi directamente ninguém, mas se calhar fi-lo indirecta e inconscientemente. Lamento que isso tenha sido assim. Mas nunca andei por aí no engate, na sedução... ao ataque! Tive relações sérias e tive outras nada sérias. Tudo isso passou e passou porque tal não me satisfazia. Afinal, qual é o sentido de andar por aí com alguém que mal se conhece a trocar experiências sexuais? Hoje vejo isso como algo digno de uma pessoa que realmente o mereça. Não é porque eu sou bom demais para as outras pessoas, mas porque é algo tão íntimo de cada um, que só alguém especial merece ter acesso a essa intimidade. E quando falo de mim, espero que a pessoa com quem esteja pense da mesma forma. Hoje vejo a intimidade sexual como algo exclusivo, algo só pertencente a alguém que realmente o mereça!
Como disse, tive essa minha fase que já acabou há muito tempo. Normalmente, as pessoas com quem entrava nessas "aventuras", eram pessoas que queriam o mesmo da vida. Algumas não era bem assim, mas mal descobria isso, saía. Não enganava, não iludia, não me aproveitei de ninguém em ocasião alguma. Isso deixa-me tranquilo. Era muito novo e só queria mesmo as aventuras. Deixei-me disso e hoje ou estou com alguém que gosto, com alguém com quem possa ter um compromisso e uma relação com futuro, ou não me aventuro novamente nos "one night stand". Não sou disso. Acabou. Não me acho bom demais, como já me disseram que eu possivelmente me achava. Não me acho melhor do que ninguém, garanhão, sedutor, etc. Sou um tipo normalíssimo, comum, simples. Apenas tenho princípios pelos quais me regulo e não "entro na primeira carruagem que me aparece à frente" como muitos fazem. Espero para ver a que mais me agrada. Não tenho mulheres atrás de mim. Como disse, sou um tipo normalíssimo. Demasiado até. Evoluí e regulo-me pelo princípio de não "experimentar pessoas".
De há uns anos para cá conheci algumas pessoas. Algumas eram as pessoas erradas, outras não deu porque não tinha que ser assim. Tenho os tais princípios que me permitiram esperar pela B.. Estava, de facto, à espera da princesa encantada, da "special one". Creio tê-la encontrado. Pelo menos neste momento vejo-a como tal. Quando estamos apaixonados temos tendência a ver na pessoa daquele momento a "special one". O que espero neste momento, é que ela seja a "special one" por muitos anos, que tudo dê certo entre nós, que ela resolva os seus problemas, que eu possa estar do lado dela e ela do meu, etc. É isso que espero.
Vi nesse relacionamento do meu pai com a minha mãe, algo negativo: as pessoas desgastam-se sem necessidade e arrastam-se durante anos, até que às tantas encontram-se sem saída quase para poder construir um futuro de outra forma. Num relacionamento meu é natural que existam discussões, mas jamais existirá a raiva, a fúria, a cegueira, a ira. Esse será o momento em que me calo e viro costas. Sempre foi assim. Para quê gastar vida e desgastar algo que pode ser tão bonito com alguém, quando se podem evitar dores de cabeça, etc? Uma coisa é boa nas zangas: o fazer as pazes! Existe melhor que isso? Talvez se as zangas não forem demasiado agressivas, o "processo de paz" até dê mais gosto. As zangas e as chatices fazem parte e ajudam a tirar por vezes uma certa rotina numa relação. Com o exemplo do meu pai aprendi a nunca me aproveitar de ninguém, a nunca trair ninguém, a nunca enganar, ou aproveitar-me de quem que seja, quando estamos num relacionamento. Aprendi a ser honesto, a ser sincero para com a pessoa com quem estamos a partilhar algo tão bom como uma relação... um presente... um futuro. Se a outra pessoa não pensa assim, o problema não é meu, pois não serei eu que terei falta de carácter. Eu cumpro a minha parte e espero que a outra pessoa cumpra o dela. É fazer como se os dois fôssemos um, e... alguém gosta de se trair, de se enganar, de se iludir a si próprio? Não me parece...

publicado por diariodeumfrustrado às 09:46
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